Mensário do 7º D

  Sal de Aveiro  ▲

Junho 93

Nº 5


EDITORIAL

Faz já algum tempo que nos interrogámos sobre os mistérios que os "espelhos de água" encerram e reparámos que aquelas águas salgadas e cristalinas são lágrimas de um Aveiro que chora, chora porque tem saudades da beleza singela das salineiras, chora porque os saleiros já não rasgam as suas águas como dantes, chora porque os cristais de sal já não têm o mesmo brilho, chora porque o SALGADO é já apenas uma memória...

Como Aveirenses, e envolvidos por um sentimento mútuo de amor, juntos lutámos por uma causa em que acreditamos – a reabilitação do SALGADO AVEIRENSE. Eu creio que, por um momento, Aveiro cessou o pranto, secou as lágrimas e até talvez tenha esboçado um sorriso...

A publicação do "SAL DE AVEIRO" acaba por aqui, mas ficam cinco jornais onde te informámos sobre a realidade. Hoje, nós e tu também, estamos mais capazes de entender o SALGADO.

PROMETEMOS CONTINUAR.



 

"SAL DE AVEIRO"

A sessão-debate organizada e superiormente moderada pelos alunos do 7º D e a excelência dos intervenientes convidados fizeram, certamente, daquela actividade um dos momentos altos do "Dia da Escola / 93".

Expresso aos alunos do 7º D, nesta modesta homenagem, o meu muito obrigado pelo orgulho proporcionado em ser professor na Vossa Escola.

"SAL DE AVEIRO"

Ria
De água e sol.
Repleta de diamantes
Que aos olhos escondes.
Oceano
Em movimento.
De águas encantadas
suas ilhas alimentas.
Salinas
como taças transbordantes,
Que cheias de cristais
São meus diamantes.

              Manuel Ferreira / 93

 

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17-12-2013