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Ouvimos o Sr. Mark George
Hartog, administrador da empresa "Delvis" e responsável pela reconversão
em viveiros de peixe de uma parte sul do salgado
aveirense. |
S. A. – Qual o significado da palavra Delvis e em que tipo de empresa se insere?
M. H. – Delvis não tem qualquer
significado. É uma palavra como
outra qualquer. É uma sociedade anónima por acções. Os capitais são
mistos – portugueses e holandeses.
S. A. – Quando se fundou?
M. H. – Em Portugal, a empresa é
recente e data de 1986.
S. A. – Porque foi escolhida esta
localização?
M. H. – Interessava-nos uma parte do salgado e contactámos a
Universidade para obtermos alguns dados. Optámos por esta área, porque é
das poucas a que se pode ter acesso por terra.
S. A. – Qual a quantidade da área de salgado reconvertida?
M. H. – 150 hectares foram transformados em viveiros, numa área total de
4000 hectares ocupados por salinas.
S. A. – Em que consistiu a reconversão, ao nível da estrutura fundiária?
M. H. – A estrutura das salinas
teve de ser totalmente alterada: destruíram-se as divisórias entre os
diferentes compartimentos,
aprofundaram-se os fundos, e toda a salina se transformou num viveiro,
ligado aos canais por um sistema de comportas por onde a água da laguna
entra e sai.
S. A. – O que está a ser produzido actualmente e em que quantidades?
M. H. – A produção actual ainda é pouco significativa. A maioria dos
viveiros encontra-se em construção. Neste momento, produz-se
em três viveiros, cuja produção, no ano passado, foi à volta de 15 toneladas.
S. A. – Qual o destino actual da
produção?
M. H. – Depende da espécie: a
dourada, pouco utilizada na
gastronomia portuguesa, é exportada para a Itália e Espanha e constitui a maior produção; o robalo e
a enguia são para consumo Interno
e vendidos praticamente aos restaurantes.
S. A. – Que perspectivas têm para
o futuro e que tipo de mercado pretendem alcançar?
M. H. – Cada vez há menos
peixe nos mares, daí que a única alternativa seja a piscicultura.
A procura de peixe para a
alimentação, porque mais saudável, tem vindo a aumentar e não podemos
esquecer o aumento demográfico. Actualmente, a rede comercial principal
é portuguesa, visto que a produção é pequena. A expansão da rede a um
maior mercado será possível quando a produção for grande, só assim se
podem contrabalançar os gastos relativos ao transporte de grande
raio.
S. A. – Que factores de produção são necessários e onde são adquiridos?
M. H. – O alimento para os peixes, e os próprios peixes; uns são
capturados directamente da "ria",
mas a maioria vem de viveiros de criação do Algarve, em camiões tanque
onde são produzidos artificialmente.
S. A. – A actual rede de transportes dá hipóteses à expansão da empresa?
M. H. – A rede rodoviária precisa de ser traçada para
alta velocidade e
para grandes veículos de modo a garantir a chegada do peixe para criação
em boas condições, senão corre-se o perigo de a água do tanque se tornar
poluída, por excesso de amónia que se vai desenvolvendo.
S.
A. – A empresa criou, na área,
postos de trabalho? Quantos?
M. H. – Até ao momento, treze
postos de trabalho.
S. A. – Com a reconversão produziram-se alterações no equilíbrio ambiental local?
M. H. – No impacto ambiental, a
piscicultura intensiva torna-se poluidora
das águas, se não se tomarem certos cuidados. São utilizados filtros
na entrada e saída das águas nos viveiros.
S. A. – Que medidas, para preservação do património natural, foram
tomadas?
M. H. – Já considero respondido.
COORDENADORA ► Teresa
Mafalda
JORNALISTAS ►
Tatiana, Patrícia e Marta
REPÓRTERES ►
Xavier e José Rui
COLABORADORES ►
Professores de Português, Ciências Naturais, Geografia e História
LAYOUT ► Delfim, José
Rui, Fátima Bóia e Céu Cruz
RECONVERSÃO HTML 2013 ►
H. J. C. O.
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