Mensário do 7º D

  Sal de Aveiro  ▲

25 Maio 93

Nº 4


EDITORIAL

Há quase cinco meses atrás, enquanto pensávamos num tema para a «área-escola», alguém lembrou que o SALGADO DE AVEIRO estava um pouco esquecido na memória dos aveirenses, principalmente nos mais jovens. Todos concordámos, mas surgiu uma dúvida: como chamar a atenção das pessoas para este problema? Nada melhor que um jornal! Assim nasceu o SAL DE AVEIRO.

A partir daí, não parámos: visitámos o salgado, guiados por um seu apaixonado – Manuel Regala – sentimo-lo como algo que nos pertencia, a nossa memória cultural, reconhecendo que, sem ela, ninguém vive; quisemos saber a sua história, pesquisámos vários documentos e descobrimos que a cidade nasceu com ele; fomos até às pessoas, ouvimos as suas opiniões – também elas têm saudades do salgado; não acabámos, todavia, por aqui. No dia 25 de Maio, "dia da escola", às 18 h, na sala 32, faremos um debate. Participarão todos os nossos convidados: Amadeu de Sousa, Amândio Canha, Ana Teia, José Luís Christo, Manuel Regala e antigas salineiras, pois, segundo o ditado, muitas cabeças pensam melhor do que uma e não é de mais salientar que contamos com a tua presença. Aparece, aprende um pouco mais sobre um problema tão directamente ligado com a tua região, vem conhecer-nos, ver a exposição fotográfica e de trabalhos relativos ao salgado e dizer o que achas acerca da nossa actividade.

O SAL DE AVEIRO esteve sempre "em cima" de todas as acções do 7º D, respeitantes à área escola, para te contar tudo quanto se passava. Em cada um destes quatro números, em que pusemos o nosso melhor, tínhamos como objectivo aperceberes-te de que o salgado é das tradições mais antigas de Aveiro e de alertar-te para que, se ninguém fizer nada, irá desaparecer.

A fim de que o nosso esforço não tenha sido em vão, pensa nisto!

Engrossa a nossa voz!

APROVEITA, TU TAMBÉM, PARA REALIZARES A TUA QUOTA-PARTE.

AVEIRO MERECE-O!

Teresa Mafalda

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«...Nós, os de Aveiro, mesmo no Céu, havemos de ter saudades do fresco panorama do sal, da faina dos marnotos tisnados, da graça ligeira das salineiras!»

Lima Vidal

 

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16-12-2013