Mensário do 7º D

  Sal de Aveiro  ▲

Maio 93

Nº 3


EDITORIAL

A publicação de um jornal mensal torna-se uma autêntica corrida contra-relógio, mas é bom sabermos que fazemos algo de que realmente gostamos.

A informação chega-nos em tão grande quantidade e qualidade que não nos foi possível satisfazer-vos, pelo que pedimos desculpa; esperamos, no entanto, compensar-vos publicando dois números neste mês.

Durante a aprendizagem do nosso melhor relacionamento com o espaço, porque o vamos sentindo cada vez mais, adquirimos um conhecimento mais profundo das pessoas, das coisas e da vida.

Não resta dúvida de que, com este projecto, crescemos um pouco e o melhor de tudo é que crescemos juntos.

TERESA MAFALDA

Clicar para ampliar.

Panorâmica do Salgado na década de 1950. Postal de edição anónima da colecção Énio Semedo. Por esta altura, as salinas já tinham desaparecido do Rossio, tal como a capela de São João (começada a demolir em 3 de Novembro de 1910) e estavam separadas da cidade pelo Canal de São Roque. E o grande canal, qual avenida de acesso à cidade, tinha a sua entrada bem demarcada pelas pirâmides que lhe deram o nome e se erguiam assinalando à distância a porta de entrada, por onde passaram barcos de mar. Por isso, existiu uma alfândega com "ameias" bem no coração da cidade, que a geração de 1950 ainda chegou a conhecer.


ENTREVISTA A TRICANAS DA BEIRA-MAR

Na capela de S. Gonçalinho, contactámos com Maria Natália Lemos Reis Nogueira, pessoa bem conhecida na Beira-Mar, já tendo participado em filmes sobre a região, bem como com Luzia Pinho Vinagre Barros, mulher de um marnoto, cuja família esteve bastante ligada às salinas (a mãe era "empilhadeira" e as tias salineiras).

Confessaram-nos a sua amargura por ver desaparecer algumas tradições e sobretudo pela tendência para a extinção do sal aveirense.   ►Continua na página seguinte ►

 

página anterior início página seguinte

15-12-2013