A publicação de um jornal
mensal torna-se uma autêntica corrida contra-relógio, mas é bom sabermos
que fazemos algo de que realmente gostamos.
A informação chega-nos em
tão grande quantidade e qualidade que não nos foi possível
satisfazer-vos, pelo que pedimos desculpa; esperamos, no entanto,
compensar-vos publicando dois números neste mês.
Durante a aprendizagem do
nosso melhor relacionamento com o espaço, porque o vamos sentindo cada
vez mais, adquirimos um conhecimento mais profundo das pessoas, das
coisas e da vida.
Não resta dúvida de que, com
este projecto, crescemos um pouco e o melhor de tudo é que crescemos
juntos.
TERESA MAFALDA

Panorâmica do Salgado na
década de 1950.
Postal de
edição anónima da colecção Énio Semedo. Por esta altura, as salinas
já tinham desaparecido do Rossio, tal como a capela de São João
(começada a demolir em 3 de Novembro de 1910) e estavam separadas da cidade pelo
Canal de São Roque. E o grande canal, qual avenida de acesso à cidade, tinha a sua entrada bem demarcada pelas
pirâmides que lhe deram o nome e se erguiam assinalando à distância a
porta de entrada, por onde passaram barcos de mar. Por isso, existiu
uma alfândega com "ameias" bem no coração da cidade, que a geração
de 1950 ainda chegou a conhecer.
ENTREVISTA A
TRICANAS DA BEIRA-MAR
 |
Na capela de S. Gonçalinho,
contactámos com Maria Natália Lemos Reis Nogueira, pessoa bem conhecida
na Beira-Mar, já tendo participado em filmes sobre a região, bem como
com Luzia Pinho Vinagre Barros, mulher de um marnoto, cuja família
esteve bastante ligada às salinas (a mãe era "empilhadeira" e as tias
salineiras). |
Confessaram-nos a sua
amargura por ver desaparecer algumas tradições e sobretudo pela
tendência para a extinção do sal aveirense.
►Continua na página
seguinte ► |