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farol n.º 32 - mil novecentos e sessenta e nove ♦ setenta, pág. 6.

Jenner e a primeira vacina anti-variólica

Maria de Fátima Barrote
(5.º ano)
 

HOJE ninguém receia a varíola. Mas, no século passado, ainda era um flagelo. A maior parte dos doentes morria. Os sobreviventes ficavam marcados para sempre.

No século XVI, registaram-se na Europa seis grandes epidemias de varíola.

Em cada ano o número de mortos provocado pela doença era superior a 500 000!

No século XVIII, um médico inglês, Jenner, ouviu dizer aos camponeses que muitos se tinham curado da varíola em poucos dias. Esclareciam que tinham sido contaminados pelas vacas.

Jenner reparou então que as vacas sofriam de uma doença semelhante à varíola dos homens e que os camponeses contaminados por elas ficavam apenas ligeiramente doentes e sem cicatrizes. Existiria, perguntou a si mesmo, nas vacas, uma varíola sem consequências mortais para o homem? Contraindo a varíola das vacas, ficar-se-ia imunizado contra a do homem?

Para se certificar, após ter inoculado no braço de um pequeno camponês a substância contendo pústulas duma forma de vacina, inocula-lhe, alguns dias mais tarde, os germes da varíola dos homens.

O doutor Jenner passa dias terríveis, pensando no que poderia suceder à criança.

Felizmente este nada sofreu e ficou imunizado contra a doença.

A partir daí, a vacinação espalha-se rapidamente. Em 1800 é introduzida em França; em 1801 vacinaram-se mais de 1000 londrinos; em 1803, torna-se obrigatória em Espanha, e, em meados do séc. XIX, em todos os países civilizados.

 

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11-06-2018