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farol n.º 25 - mil novecentos e sessenta e seis ♦ sessenta e sete, pág. 11.

O Papa foi a Fátima

Maria Luísa Monteiro
(5.º ano)
 

HUMILDE e simples como qualquer homem vulgar, o Papa foi a Fátima trazendo uma mensagem maravilhosa não só para nós, Portugueses, mas para todo o Mundo.

Fazia naquele mesmo dia cinquenta anos, que, naquele mesmo sítio, tinha aparecido a Virgem implorando com a inocência de três crianças a Fé para o Mundo. E foi nesse dia que o sucessor de Pedro aí foi orar.

Encantou todos quantos o viram com a sua tocante simplicidade, o seu sorriso bondoso. Mais do que isto, penso que nenhum coração ficou surdo ao apelo que Paulo VI fez, não só a nós, como a todo o Mundo: «Homens, sede Homens». Foi esta frase curta que fez com que muitas almas se erguessem e envergonhassem.

No seu discurso, o Sumo Pontífice falou também da guerra, em que a Humanidade se debatia, na incompreensão e materialismo dos homens, que tantas desgraças traziam. Centenas de crianças morrem à fome, aparecem muitos jovens com instintos assassinos, mães torturadas pela morte dos seus filhos e tantas outras misérias que não haveria, se houvesse fé.

Acho que se revestiu de muito significado a visita de Paulo VI e também me comoveram as suas palavras.

Incitou-nos a nós, o povo desde há séculos honrado pela sua valentia e nobreza, a sermos um verdadeiro e pacífico povo de Deus. E no dia seguinte, quando todos tinham partido já, no silêncio piedoso de Fátima, parecia ouvir-se ainda as palavras: «Homens, sede Homens».

 

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12-06-2013