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farol n.º 24 - mil novecentos e sessenta e seis ♦ sessenta e sete, pág. 3.

Os Alunos do Liceu

de Aveiro

no Festival de Ginástica
de Lisboa

QUANDO na manhã da dia 2 de Maio partimos para Lisboa sentíamo-nos já satisfeitos com a oportunidade que se nas oferecia de actuar na capital.

Sabíamos já que a equipe seleccionada, a melhor, iria a Madrid, mas a nosso pensamento era Lisboa e só Lisboa.

A viagem, naquela manhã chuvosa, decorreu normalmente. A chegada a Lisboa, à hora prevista, pelas 6 horas da tarde, não nos deu ocasião de passear pela cidade.

O regulamento era rígido e as instalações no motel de Oeiras, o forte de Catalazete, com o ping-pong, bilhar e mesmo uma praia privativa, ocupavam as horas livres e não nos deixavam prevaricar. No dia seguinte visitámos Sintra e alguns de nós, que já a conheciam, encontraram novos encantos naquele paraíso que era outrora o local de férias escolhido pelos nossos reis.

Mais uma noite chegou, uma noite repousante como a anterior. Chegou finalmente o dia da nossa exibição.

Depois de um leve treino na Tapada da Ajuda, foi-nos oferecido um almoço pela M. P.. Mais outro passeio nos foi proporcionado, este à Praia Grande. Nem tudo estava a nosso favor: o frio e o vento impossibilitaram-nos de tomar um banho naquela belíssima piscina e, lentamente, tomámos o caminho de regresso.

À noite, na Tapada da Ajuda, teve lugar a nossa actuação. Eram oito liceus de várias cidades do país e algumas escolas técnicas. Depois da actuação das primeiras equipes verificámos que estaríamos entre as melhores. A nossa actuação, a penúltima, saiu perfeita e agradou plenamente. Apesar disso, longe estaríamos da vitória e, quando, já hora avançada, foi feita a classificação, o júri, por unanimidade concedeu o primeiro lugar ao Liceu Nacional de Aveiro.

Era a vitória!

Vencemos!

Carlos Manuel Santos Borges
Henrique Manuel Vaz Duarte

 

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11-06-2013