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farol n.º 13 - mil novecentos e sessenta e três ♦ sessenta e quatro, pág. 11 e 12.

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    do

 1º Ciclo

Portugal

António Luís Rebocho Menano
(1.º ano)

Portugal, país amado,
Só por ti posso viver;
Nem que, armado em batalha,
Por ti tenha que morrer.
 


A Ria de Aveiro

João Carlos Gonçalves Pereira
(1.º ano)

Há muito quem chame a Aveiro a «Veneza de Portugal», por causa da sua ria. Isto é muito bonito de dizer, mas estou a sentir-me com poucas forças para fazer a sua descrição.

Que o digam os nacionais e estrangeiros que nos visitam e soltam exclamações de encantamento perante tanta beleza: são os seus canais que cruzam a cidade em todas as direcções, são os seus barcos moliceiros, são as suas salinas, são as figuras dos marnotos que dão mais cor ao ambiente.

Mas isto tudo dizem-no eles, que nós, aqui nascidos e criados, sentimos toda essa beleza dentro da alma, mas até trazemos a vista cansada de tanto a apreciar. Os que visitam, não; esses de todo se deixam prender por tanto encantamento.

Muitos passam pela casa abrigo de S. Jacinto e deliciam-se ali com uma caldeirada de enguias pescadas na mesma ria; e, não poucos, regam aquilo com um garrafão de genuíno «Bairrada», criado aqui perto das margens do Vouga. Depois disto vão-se embora e ainda a alma aqui lhes fica presa. Eu, por mim, reconheço que me falta o «Engenho e Arte» para contar isto tudo.

Desisto.

 

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08-06-2018