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farol n.º 10 - mil novecentos e sessenta e três ♦ sessenta e quatro, págs. 10 e 11.

Do cinema,

do teatro e da rádio

O Cinema Português

O cinema português há muito que procura encontrar-se com ele próprio. No entanto esta luta tem sido árdua e a meta desejada parece que ainda não se divisa. No entanto, parece-nos que esta época vai ser não mais uma etapa como todas as outras, infrutíferas e inglórias mas sim um grande passo para o objectivo há muito esperado, que não ti menos que a reconciliação do cinema português com o seu público. Entre os indivíduos que mais a sério levam a sua missão encontra-se Manuel de Oliveira, que com o seu filme «O Acto da Primavera» em recente estreia, tem alcançado os louvores da crítica, pela qualidade e seriedade que dele se emana. Este filme foi um ponto de partida excepcional de uma época cinematográfica bastante prometedora. Fala-se em quatro longas metragens e um documentário; Sendo «Verdes Anos», de Paulo Rocha; «Pão, Amor e Totobola», de Henrique Campos e «Os Sorrisos do Destino» (realizado por franceses mas rodado inteiramente no nosso país), as longas metragens, e a «Caça», de Manuel de Oliveira, o documentário. Este documentário, segundo se diz, é considerado a obra prima de Manuel de Oliveira.

Como se pode ver, o cinema português parece singrar um novo caminho, pelo menos em quantidade, já que em qualidade as dificuldades continuam. E é só com muito esforço, cultura e inteligência, que alguns indivíduos logram sair da mediania, muitas vezes imposta pela falta de honestidade, de que é rodeada a indústria cinematográfica portuguesa, ou pelo público que ou não se encontra disposto ou não está preparado intelectualmente (caso de «Acto da Primavera» / 11 / que veio revelar a pouca maleabilidade intelectual do nosso público), para aplaudir o esforço de indivíduos sérios e com não menos sérias responsabilidades.

Jota J.


Algumas curiosidades acerca de artistas

Laura Alves estreou-se como profissional em «Pátio das Cantigas».

Teresa Gomes, uma grande artista de teatro, já morta, começou a sua carreira artística aos 26 anos e viveu durante meio século para o teatro, chegando a trabalhar durante oito anos no Trindade, em Lisboa.

Fernanda Baptista, estreou-se como profissional no Teatro Maria Vitória, em 1945.

Amélia Rey Colaço, cujo nome completo é Amélia Smith Lafourcade Rey Colaço Robles Monteiro, nasceu em Lisboa a 2 de Março de 1898; estreou-se como profissional aos 19 anos no antigo D. Amélia (hoje S. Luís).

Artur Garcia, que conta vinte e poucos anos, tirou o curso industrial e trabalhou como desenhador até descobrir a sua vocação para o canto e para o teatro.

Paulo Jorge estreou-se como cançonetista profissional em Dezembro de 1961, no Porto, num espectáculo no Palácio de Cristal.

Paula Ribas nasceu em Faro, em 23 de Fevereiro de 1924.

Tony de Matos tem no Brasil a actividade de cançonetista e comerciante.

► Lana Turner nasceu a 8 de Fevereiro de 1920, sendo o seu verdadeiro nome Jean Mildred Frances Turner.

Cary Grant nasceu em Bristol (Inglaterra). Estreou-se em 1931 e desde aí até agora já fez 70 filmes. O seu verdadeiro nome é Archibald Alexander Leech.

Sylvia Koscina nasceu em 1933 em Zagreb, na Jugoslávia e frequentou a Faculdade de Física de Nápoles.

O cançonetista Alberto Cortez nasceu em Rancul, na Argentina, e estreou-se em 1959.

Johnny Halliday nasceu em Pigalle, no coração de Paris, e o seu primeiro êxito como cantor foi « Souvenir, Souvenir».

Tony Curtis nasceu a 3 de Junho de 1925 e seu verdadeiro nome é Bernard Schwertz.

 

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08-06-2018