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farol n.º 8 - mil novecentos e sessenta e dois ♦ sessenta e três, pág. 12.

Noite

Paiva Barge
 

NA minh'alma
É noite escura,
Noite sem calma
E densa,
Que condensa
A amargura
Em que mergulha
E flutua
A loucura da minha dor imensa.


Mas
Qual estrela Pintando
O céu, de raios de luz,
Os teus lábios desprenderam
Sorrisos que se perderam
No negro da minha cruz.


E a noite da minha alma
Cinzenta
Desmaiou
Nos braços da aurora sorridente
Dos teus lábios desprendida,
– E agora eternamente
No meu peito adormecida...


«Olhos Azuis»

 

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06-06-2018