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farol n.º 1 - mil novecentos e cinquenta e sete ♦ cinquenta e oito, pág. 1

... de Abertura

SEMPRE que alguém chega, diz quem é e ao que vem.

«Farol» chega
...quem é?

Um jornal sem pretensões, modesto e simples, sem características rigidamente fixadas, sem datas de saída pré-determinadas e até sem literatura mais ou menos policial nem jogos de palavras cruzadas, ao menos neste número. Também não traz anúncios, nem preços de assinatura, nem promessas de horóscopos.

É do Liceu de Aveiro, devidamente autorizado pelo Comissariado Nacional da Mocidade Portuguesa, e chama-se «Farol», por desejar espargir fachos de luz sobre a população escolar que quer servir.

«Farol»... pertence à terminologia marítima e por isso ajuda a lembrar Aveiro; mas também, ao mesmo tempo que indica a proximidade da costa e das restingas da vida onde pode encalhar-se, é a fonte irradiante da luz que ilumina e eleva os olhares para cima, para mais alto, para o infinito.

Para este número utilizou-se o abundante original dum Concurso Literário entre os alunos, iniciativa da M. P. e da M. P. F., que despertou muito mais entusiasmo do que inicialmente se supunha.

Entendeu o «Farol» que, começando assim, autenticamente feito por alunos e para eles, poderia brilhar com mais fulgor, ajudando-os a abrir a generosidade do seu espírito para o amor humano e para o trabalho.

Se outros números vierem a aparecer, poderão ser diferentes no conteúdo, mas trarão certamente a mesma preocupação de ser manifestação de juventude, de entusiasmo e de alegria, onde caberá tudo que contribuir possa para ajudar os nossos alunos a antever o sentido nobre da vida, com cortinas bem abertas e horizontes bem rasgados.

SETEMBRO 1958

 

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04-04-2013