SEMPRE
que alguém chega, diz quem é e ao que vem.
«Farol» chega
...quem é?
Um jornal sem pretensões, modesto e simples, sem características
rigidamente fixadas, sem datas de saída pré-determinadas e até sem
literatura mais ou menos policial nem jogos de palavras cruzadas, ao
menos neste número. Também não traz anúncios, nem preços de
assinatura, nem promessas de horóscopos.
É do Liceu de Aveiro, devidamente autorizado pelo Comissariado
Nacional da Mocidade Portuguesa, e chama-se «Farol», por desejar
espargir fachos de luz sobre a população escolar que quer servir.
«Farol»... pertence à terminologia marítima e por isso ajuda a
lembrar Aveiro; mas também, ao mesmo tempo que indica a proximidade
da costa e das restingas da vida onde pode encalhar-se, é a fonte
irradiante da luz que ilumina e eleva os olhares para cima, para
mais alto, para o infinito.
Para este número utilizou-se o abundante original dum Concurso
Literário entre os alunos, iniciativa da M. P. e da M. P. F., que
despertou muito mais entusiasmo do que inicialmente se supunha.
Entendeu o «Farol» que, começando assim, autenticamente feito por
alunos e para eles, poderia brilhar com mais fulgor, ajudando-os a
abrir a generosidade do seu espírito para o amor humano e para o
trabalho.
Se outros números vierem a aparecer, poderão ser diferentes no
conteúdo, mas trarão certamente a mesma preocupação de ser
manifestação de juventude, de entusiasmo e de alegria, onde caberá
tudo que contribuir possa para ajudar os nossos alunos a antever o
sentido nobre da vida, com cortinas bem abertas e horizontes bem
rasgados.
SETEMBRO 1958 |