1949
– Tentativa importante: Feia,
a primeira peça escrita antes de ter assistido verdadeiramente a um
espectáculo teatral; publicada na revista “Inicial” do Colégio
João de Deus, Porto.
1962
– Epifânio Lacerda: peça
mais tarde publicada com o título Paredes
Nuas; representada em 1964 pelo grupo “Aurora da Liberdade”,
de Matosinhos.
1963
– Belchior: peça
representada por várias colectividades depois do 25 de Abril de 1974.
1964
- Ramos Partidos: publicada
com as duas peças anteriores num livro editado pelo autor, em 1967,
sob o título genérico de Teatro;
embora ensaiada, foi uma peça proibida pela censura.
1964
– Farruncha: peça
infantil representada inúmeras vezes por vários grupos de teatro, de
colectividades e escolares, inclusive; publicada em 1975 pelo F.A.O.J..
1967/68
– O Fosso: peça publicada em 1972 pelo “Jornal do Fundão”, como n.º
1 da sua Colecção “Cena Actual”; representada
clandestinamente
antes do 25 de Abril de 1974 por um grupo de amadores dos arredores do
Porto e por várias colectividades depois desta data, concretamente
pelo “Teatro Experimental do Barreiro”;
peça
proibida pela censura, deu origem a uma “participação-crime” por
falta de respeito às Forças Armadas; o processo foi arquivado.
1973
– Na Barca com Mestre Gil
: peça publicada em 1978 pela Editorial Caminho; representada pelo Cénico
após o 25 de Abril e por muitos outros grupos de teatro escolares e
de amadores (“Teatro Construção” de Joane, C.I.T.E.C. de
Montemor-o-Velho, entre outros). Na
Barca Com Mestre Gil era um título e um estratagema para
ludibriar a censura, mas acabou por ser o último texto integralmente
proibido pelo “Exame Prévio” vigente até à “Revolução dos
Cravos”. É, por isso, um caso “histórico” .
Constitui esta peça interessante material didáctico para a introdução
ao estudo de Gil Vicente nas escolas.
1975
– Arraia Miúda: peça
representada pelo Cénico, pelo T.E.U.C. em 1976, pelo T.E.C. em 1985
e por vários outros grupos de amadores; publicada pela Editorial
Inova em 1977; é uma obra com virtualidades pedagógico-didácticas
para motivação ao estudo de Fernão Lopes no Ensino Secundário.
1976
– D. Beltrão de Rebordão e
D. Estela Barbela: peça infanto-juvenil, ainda inédita em livro;
representada pelo Cénico em 1979/80.
1977
– O Homem da Bicicleta:
dramatização do romance de Manuel Tiago “O Homem da Bicicleta”,
foi levada ao palco pelo Cénico em 1978 e publicada pela Sociedade
Portuguesa de Autores em 1980.
1978
–
Vieram para Morrer : tendo recebido o 3º prémio do Concurso de Peças
de Teatro Inéditas para espectáculo inteiro promovido pela
Secretaria de Estado da Cultura, este texto em três actos foi
publicado pela Moraes Editores em 1980, com patrocínio da SEC.
1978
– Lafões é um Jardim:
escrita da primeira versão do texto, “uma revista de carácter
regional”, refundida em 1991, representada pelo Cénico no ano
seguinte; peça inédita em livro.
1980
– Onde Vaz, Luís?:
peça representada, numa encenação de Carlos Avillez, pelo T.E.C. (
“Teatro Experimental de Cascais”) em 1981, obteve grande sucesso
em vários pontos do país e no Brasil; representada também pelo Cénico
em 1993, numa encenação do autor, e ainda pelo “Teatro Construção”
de Joane; obra publicada pela Editorial Vega em 1983.
1982
– Landarilho, um Seu Criado:
peça ainda inédita, em livro e em palco, é uma adaptação da
novela seiscentista “Lazarilho de Tormes”, transpondo para o nosso
quotidiano as vigarices pícaras daquela figura.
1985
– Comadres ou Quem
É Que É Afinal?: monólogo integrado no espectáculo da
“Comuna” “Farsa Você Mesmo” em 1986.
1986
– O Grande Circo Ibérico:
peça distinguida com o primeiro prémio do concurso do
C.I.T.A.P./Amadora em 1989, editada em Março de 1998 pela Sociedade
Portuguesa de Autores/ D. Quixote.
1987
– A Longa Marcha Para o
Esquecimento: peça escrita a pedido do C.E.T.A. de Aveiro, pelo
qual foi representada e publicada em 1988/89.
1989
– Serão para Trabalhadores?:
é uma comédia sobre os anos 50/ 60, esta peça ainda inédita; foi
encomendada por José de Oliveira Barata para o grupo Bonifrates de
Coimbra; obteve uma menção honrosa do C.I.T.E.P. / Amadora.
1989
– O Soldado João :
transposição cénica do conto infantil de Luísa Ducla Soares com o
mesmo título, mantém-se inédita.
1990
– Por Mares Nunca Dantes
Navegados: Jaime Gralheiro participou nesta série televisiva com
os seguintes textos insertos no primeiro episódio: “Na Taverna do
Mal Cozinhado”, “Na corte de D. João I”, “Camões Toma
Contacto com os Seus Heróis” e “ Fernão Mendes Pinto e o Pirata
Coja Acém”.
1990
– Minha Loucura Outros Que a
Tomem: série televisiva que se mantém inédita.
1990
– “Sketch” O S. Pedro Já
se Acabou?: peça alegórica aos santos populares, representada
pelo Cénico no mesmo ano.
1991
– Lafões é um Jardim:
re-escrita da peça que o Cénico levaria ao palco no ano seguinte.
1991
– Amor de Pedra: peça didáctico-infantil,
também inédita.
1992
– Era Uma Vez um Coração:
teatralização de um texto didáctico do Professor Políbio Serra e
Silva, representada pelo Cénico/Infantil, inédita em livro.
1995
– CO-UM-NI-CA-ÇÃO! :
texto ainda inédito que o autor apelida de “brincadeira
infantil”.
1995
– É(h) Meu! : peça para
adolescentes, representada pelo Cénico/Juvenil em 1995/96; publicada
em 1998 pela S.P.A./D. Quixote no mesmo volume de O
Grande Circo Ibérico.
1995
– Redacção, a convite de Isabel Silvestre, do guião que serviu de
suporte ao espectáculo O Canto
da Terra, do “Grupo de Trajes e Cantares de Manhouce”, em
colaboração com o Cénico, apresentado em várias localidades do país,
incluído no programa de celebração do 75º aniversário da S. P.
A., serviu de “pivot” ao programa “Portugal Português” da T.
V. I..
1995
– O Principezinho:
transposição cénica da obra homónima de Antoine de Saint-Éxupery
ensaiada pelo Cénico/Infantil em 1996.
1996
– Eureka! – Ou A Alegria da
Descoberta: peça infanto-juvenil, mantém-se inédita, embora
tenha sido encenada pelo Cénico/Juvenil.
1997
– Graças e Desgraças ( na
Corte) d`El-Rei Tadinho: peça infantil resultante da teatralização
do texto homónimo de Alice Vieira, em ensaios no Cénico/Juvenil.
1997
– Na Barca com Mestre Gil: 2ª versão da peça; revista e
actualizada, foi publicada em Março de 1999 numa edição conjunta do
Sindicato dos Professores da Região Centro e da Associação dos
Professores de Viseu; o Cénico levou-a ao palco nos primeiros meses
deste mesmo ano.
1999
– Arraia Miúda: revisão
do texto em Janeiro deste ano; publicada a sua 2ª edição no mesmo
volume da peça sua antecessora, que acabamos de mencionar.
Baseámo-nos, fundamental mas não exclusivamente, no Curriculum Vitae do Autor. Igualmente essenciais foram as informações
recolhidas na sua já citada História
do Cénico.
Segundo depoimento de um dos seus fundadores, José-Júlio Fino, a
quem agradecemos, durante longos meses, em 1964/65, o CETA ( Círculo
Experimental de Teatro de Aveiro) ensaiou a peça Ramos
Partidos, com a presença de Jaime Gralheiro que a esta cidade
se deslocava três vezes por semana ( o IP5 levaria ainda 20 anos
a construir !...). Gralheiro desempenharia o papel de
“Apresentador”, figura prevista no texto por si escrito; a
proibição pela censura motivou o fim dos ensaios, “com muito
desgosto e desilusão de todos”.
O
CETA, que este ano comemora o seu 40º aniversário, em 1966, ano
da aprovação dos estatutos e da designação do grupo pelo
Governo Civil, veria a sua designação expurgada do termo
“Experimental”, tendo recuperado o nome original depois do 25
de Abril.
Cf GRALHEIRO, Jaime, História
do Cénico, op. cit., pp. 24-29 e REBELLO, Luiz
Francisco, Combate Por Um Teatro de Combate, Lisboa, Seara Nova, 1977, pp.
38-39
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