Dói.
Dói muito.
Numa dor mansa, fininha, penetrante, calada.
Nestes dias de Agosto e Setembro,
Quando o sol teima em deitar-se cada dia mais cedo,
Como esquecer a cidade dividida e as casas sitiadas?
Labirintos em turbilhăo
Turvando sonhos e passos,
Arrasando vidas e corpos e almas…
Desfeito colar de missangas coloridas
Caindo uma a uma em areia movediça…
Dói. Dói muito. Ainda dói muito.
(2004)
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