Tardiamente *

Foi como um sonho, o tempo que passou
Veloz, tirano, de amargo sabor.
Prazer, ventura, tudo m’arrancou
Deixando-me, tão só, tristeza e dor.

Ingrata, a ilusão qu’então durou
Enchendo alegres dias de clamor
Tudo me deu, sem nada me deixou
Chamo por ti, escuta por favor.

É meu anseio, que ouças o meu grito.
Não ouves, e segues indiferente
Mas se voltares um dia, te repito

Tão tarde nesta vida, e tão contente?!
Há muito se extinguiu meu choro aflito
Já tudo terminou, infelizmente.

                        Aida Viegas

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* Poema com o qual a autora participou na "II ANTOLOGIA DE POETAS LUSÓFONOS". - Abril 2009


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Inserido em
02/5/2009