|
|
|
Tardiamente *
|
|
|
Foi como um
sonho, o tempo que passou
Veloz, tirano, de amargo sabor.
Prazer, ventura, tudo m’arrancou
Deixando-me, tão só, tristeza e dor.
Ingrata, a ilusão qu’então durou
Enchendo alegres dias de clamor
Tudo me deu, sem nada me deixou
Chamo por ti, escuta por favor.
É meu anseio, que ouças o meu grito.
Não ouves, e segues indiferente
Mas se voltares um dia, te repito
Tão tarde nesta vida, e tão contente?!
Há muito se extinguiu meu choro aflito
Já tudo terminou, infelizmente.
Aida Viegas
|
|
______________________________________
* Poema com o qual a autora participou na "II ANTOLOGIA DE POETAS
LUSÓFONOS". - Abril 2009 |
|
|
|
|