Colégio de Pombal

antigos alunos – 2010

O passo curto, vergado, o sorriso

entre frases breves, truncadas,

a serenidade limpa,  agitada

na mistura das memórias

enquistadas no segredo do tempo,

e a alma alavancada, dorida

na certeza angustiada de um enfim

por dentro da dúvida do talvez

esquecido no comprimido da esperança

já fora do prazo de validade.

 

Descartado, engolido em seco

neste restauro de primavera,

fica a circunstancial ilusão do instante

na invocação dos ausentes, prenúncio

ou renúncia da nossa finitude

que vai cruzando os ínvios trilhos

pela eternidade da lembrança.

 
                                 Manuel Barreiro, 2010
 

 

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09-07-2024