17º Festival Nacional de Folclore - 7 de Julho de 2001 – pp. 4 e 5

A nossa identidade


Tendo como cenário, mais uma vez, o Forte Novo ou Castelo da Gafanha, numa concepção que retrata com muita fidelidade o original, vai realizar-se em 7 de Julho o XVII Festival Nacional de Folclore da Gafanha das Nazaré, com a participação e organização do Grupo Etnográfico da Gafanha da Nazaré, certamente bem acompanhado por mais seis grupos de outros tantos recantos do nosso País. Trata-se de uma manifestação cultural a todos os títulos digna dos maiores encómios, ou não fosse ela uma boa oportunidade para pugnarmos pela nossa identidade, a ficar diluída numa Europa com vários rostos.

Atentos às circunstâncias dos tempos, a Direcção do Grupo Etnográfico da Gafanha da Nazaré sabe que a nossa identidade cultural passa pela preservação e mostra das nossas raízes, legadas a por um povo que soube construir a Gafanha da Nazaré ao longo dos séculos, mais concretamente durante o século XX, adaptando-se às necessidades das pessoas que por aqui nasceram e para cá vieram, vindos de mil e tal freguesias do nosso País e Estrangeiro.

Certos da importância da situação que presentemente nos caracteriza, de parte legítima da nova Europa, de múltiplos contrastes e interesses, a Direcção do Grupo Etnográfico da Gafanha da Nazaré sabe que urge continuar a formar gente que possa manter viva a chama da portugalidade, para não nos perdermos nos Quinze, muitos deles bem mais poderosos economicamente do que nós, mas talvez menos ricos do que nós em história de quem soube dar novos mundos ao mundo.

Nestes quase 18 anos de vida, o Grupo Etnográfico da Gafanha da Nazaré já organizou 17 festivais de Folclore e Etnografia, todos eles respondendo às expectativas de quem sabe apreciar a mostra do que nos foi legado pelos nossos avós, como parte integrante da cultura de um povo que por estes areais foi arroteando terras, mexendo nas artes, vivendo do Mar e da Ria, criando comércio e explorando indústrias.

A Direcção e todos quanto no dia-a-dia descobrem restos de um passado honroso, registam, catalogam, ensaiam e exibem, querem continuar a enriquecer o nosso património genuíno, na certeza de que hão-de deixar aos vindouros razões para se orgulharem dos nossos / 5 / maiores. E a "Casa Gafanhoa", belo exemplo do trabalho feito até aqui, há-de ser repositório cada vez mais enriquecido do que de bom ainda possuímos.

O Grupo Etnográfico da Gafanha da Nazaré agradece aos grupos que se quiseram associar e participar neste XVII Festival e a todas as pessoas e entidades que o tornaram possível, na esperança de que seja do agrado dos amantes do Folclore e da Etnografia e das gentes que nos visitarem nesse dia.

A Direcção

 

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