16º Festival Nacional de Folclore e 9º Internacional - 8 de Julho de 2000 – pp. 4 e 5

 

A Paixão continua

Não há dúvida que sem muito amor e até paixões, daquelas que vencem todas as barreiras, não seria possível manter viva uma associação cultural, como o Grupo Etnográfico da Gafanha da Nazaré. Fundado em 1 de Setembro de 1983, portanto já com quase 17 anos de vida riquíssima, esta instituição cultural da nossa terra representa bem um símbolo do querer do gafanhões que lhe deram corpo e a mantêm pujante a garantir muitos mais, porque gente dedicada, diremos mesmo apaixonada, não falta.

A prova dessa pujança está precisamente nas inúmeras realizações com que nos vai brindando, ano após ano, e na forma como, persistentemente, vai recolhendo, estudando e apresentando um repertório dos finais do século passado e dos princípios do que está prestes a terminar, em que sobressaem 27 danças e cantares e dois cânticos, para além da riqueza etnográfica dos seus trajes representativos do viver dos nossos avós.

Nestes quase 17 anos de vida, organizou 16 Festivais Nacionais e Internacionais na sede da vila, sem contar quantos foram levados a cabo na Barra, no Forte e em festas da freguesia, o que mostra, sem margem para dúvidas, o vigor do Grupo e a tenacidade de quem o dirige. Isto é mais do que suficiente para colocarmos o Etnográfico da Gafanha da Nazaré na primeira linha das instituições concelhias, ou não levasse ele a todos os recantos do país e a alguns do mundo os trajes, as danças, os cantares, a alegria e a generosidade dos nossos antepassados, que haveriam de se orgulhar de quem tão bem os tem sabido representar.

Todo este trabalho é por demais conhecido, também, pela Federação do Folclore Português, quando indica o Grupo Etnográfico da Gafanha da Nazaré para apresentar em festivais internacionais, dentro e fora do País, o folclore e a etnografia das gentes que se identificaram e identificam com o mar e com a ria de Aveiro, ao ponto de terem transformado estes areais esbranquiçados e improdutivos em terra fértil e cobiçada por pessoas de todos os quadrantes de Portugal.

Este festival, o XVI Nacional e IX Internacional, que se vai realizar em 8 de Julho, às 21.30 horas, no Jardim da Alameda Prior Sardo, vai / 5 / servir, mais uma vez, para mostrar a vitalidade e a coragem do Grupo Etnográfico da Gafanha da Nazaré, ao apresentar sete grupos convidados para uma actuação que não deixará de ser memorável, tendo como pano de fundo os ares da nossa terra e o carinho acolhedor da nossa gente, e como cenário o Forte Novo ou Castelo da Gafanha.

Mas o ano 2000 não se ficará por aqui: em 5 de Agosto haverá o festival da Praia da Barra, com sete grupos convidados, e a procissão de Nossa Senhora dos Navegantes, pela Ria, em 17 de Setembro.

O Grupo Etnográfico da Gafanha da Nazaré agradece aos grupos que se quiseram associar a este festival e a todas as pessoas e entidades que o tornaram possível, nomeadamente o Governo Civil, o Instituto Português da Juventude, o INATEL, a Câmara Municipal de Ílhavo, a Junta de Freguesia da Gafanha da Nazaré, a Cooperativa Cultural e Recreativa e a Federação do Folclore Português, para além do comércio, indústria, e serviços locais.

A Direcção

 

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