Grupo Folclórico "Os Fontineiros da Maia"

Águas Santas da velha terra da Maia é povoação antiquíssima, sem dúvida alguma, bastante anterior à fundação da nacionalidade.

É insegura a origem do topónimo Águas Santas. São diversas as explicações, quase todas imbuídas de fervor místico e religioso, certo é que, em qualquer dos casos, sempre surge o elemento «Água» ou é referida a FONTE. Fonte esta de que ainda há vestígios nas imediações da Igreja, mais exactamente na rua do Pinhô, nas traseiras do edifício da Junta de Freguesia.

Outrora existiram nesta freguesia cinco Ermidas: a de S. Miguel, vizinha da Igreja; a de N.ª Sr.ª da Vitória na Quinta da Boa-Vista; S. João Baptista na Quinta do Brasileiro; N.ª Sr.ª do Pilar na Quinta de D. Mariana Francisca de França e a de S. Brás na Quinta da Carvalha.

Águas Santas é uma das dezassete freguesias que constituem o Concelho da Maia. Província do Douro Litoral, é atravessada pelo rio Leça, que nasce no monte Córdova, em Santo Tirso, e desagua na bacia do Porto de / 37 / Leixões, o qual, no seu curso, banha especialmente os antiquíssimos lugares de Ardegães e de Parada.

Nesta freguesia, outrora, cultivava-se com abundância o milhão, milho miúdo, centeio, trigo, cevada e frutos de toda a casta, sendo mimosa de caça miúda e também de peixe que lhe deixava o rio Leça.

O Grupo Folclórico "Os Fontineiros da Maia" foi fundado no ano de 1951, por ocasião da inauguração de um lavadouro público e uns fontanários, inaugurados aqui em Águas Santas, freguesia milenária das terras de Gonçalo Mendes da Maia "O Lidador".

Depois de vários atropelos cometidos contra a etnografia da nossa terra, este grupo folclórico foi-se compondo e recompondo, podendo, nos dias de hoje, dizer-se que é um grupo que dignifica a sua terra, nas danças, nos cantares e no trajar, impondo-se assim como um baluarte do FOLCLORE NACIONAL.

Este grupo folclórico tem levado os seus usos e costumes a todos os cantos de Portugal.

As suas danças são quase todas de roda, pois a freguesia de Águas Santas foi terra Coutada, existindo em alguns lugares ainda vestígios desse mesmo couto.

Os trajes usados por este grupo folclórico, são dos princípios do século XX, os trajes de domingar, as Senhora e Senhores (vulgares noivos), trajes de feirar, de campo, de criados grandes e moços pequenos, são os mais característicos desta terra.

A sua tocata é composta de acordeões, concertinas, violas braguesas, violões, cavaquinhos, bombo e raque-raque.