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Governador Civil de Aveiro

Usando então da palavra, num brilhante improviso constantemente interrompido por fortes aplausos, o Senhor Governador Civil de Aveiro dirigiu primeiro as suas saudações ao Senhor Subsecretário de Estado da Indústria, dizendo:

É para V. Ex.ª, Senhor Subsecretário de Estado da Indústria, que vão as minhas primeiras palavras. Palavras de saudação, palavras amigas e sinceras de muita gratidão, pelo facto de, além do mais, ter neste momento V. Ex.ª presente no meu distrito. As minhas palavras, Senhor Subsecretário de Estado da Indústria, são verdadeiramente ditadas pelo coração, já que V. Ex.ª tem sido de uma amabilidade sem par, ao receber amiudadamente no seu Gabinete de Trabalho e de Governo, o representante do Governo no Distrito de Aveiro, para o informar, com verdade, acerca dos problemas vitais do mesmo Distrito, que importa serem considerados devidamente pelos órgãos do Governo, para que o bem estar do Distrito e o bem estar do País. se continuem a processar em ritmo acelerado, no mesmo ritmo que há vinte anos vem enriquecendo Portugal, e que cada vez o há-de tornar mais forte aos olhos dos portugueses e aos olhos do Mundo. Por isso, Senhor Subsecretário de Estado da Indústria eu tenho hoje a certeza que V. Ex.ª, por ter verificado com os seus próprios olhos, há-de ter concluído que nunca o Governador Civil o induziu em erro nas suas afirmações acerca do potencial industrial e económico do Distrito de Aveiro, porque o Distrito de Aveiro é, efectivamente, esta consoladora realidade cheia de força e de vigor que aos nossos olhos enche de contentamento.

Senhor Subsecretário de Estado da Indústria, por isso lhe afirmo de novo a minha gratidão e peço-lhe que, com todo o carinho, continue como até hoje a enfrentar, a auscultar e a realizar, a dar as soluções exactas aos problemas do Distrito de Aveiro, porque essas soluções interessam ao Distrito e interessam, simultaneamente, à Nação.

Referindo-se ao Senhor Almirante Henrique Tenreiro, acrescentou:

Permita-me V. Ex.ª, Senhor Subsecretário de Estado, que dirija também os meus cumprimentos e as minhas saudações ao Senhor Almirante Tenreiro, pessoa sobejamente conhecida pela sua acção dinâmica através de todo o Pais, e muito especialmente, no sector da pesca. É que, efectivamente, S. Ex.ª pode orgulhar-se, como nós nos sentimos felizes, da obra que tem realizado e que se espalha, além da acção directa junto das empresas de pesca, também no campo social, de norte a sul do País, tendo obras valiosas e valorosas espalhadas por todas as costas atlânticas do nosso Portugal Continental. Portanto, para S. Ex.ª, que tem sido verdadeiramente um realizador do espírito novo da revolução nacional, vão as minhas saudações e os meus cumprimentos, na esperança de que há-de, como até agora, continuar a dar o melhor do seu esforço, do seu entusiasmo e da sua boa vontade, para que os homens do mar ou as indústrias a eles ligadas, cada vez mais felizes se encontrem por verem realizadas as condições básicas para o seu progresso e para o seu desenvolvimento.

Aceite, pois, Senhor Almirante, os meus mais vivos cumprimentos e os meus mais vivos agradecimentos.

Dirigindo-se por último ao Sr. Egas Salgueiro, o Sr. Governador Civil de Aveiro, afirmou:

As minhas últimas palavras vão naturalmente, para o Sr. Egas Salgueiro, como gerente da Empresa de Pesca de Aveiro, para a própria Empresa de Pesca de Aveiro e para todos aqueles que nela trabalham.

Efectivamente, nós, que temos um Distrito rico de homens e de todos os outros factores valorativos de uma região. encontramos entre nós, temos entre nós, um Homem que tem realmente realizado uma obra grande, com a sua energia, com o seu querer firme e voluntarioso, tem levado a cabo uma obra a todos os títulos grandiosa, obra que não só reverte no beneficio da Empresa, mas rever-te muito especialmente em beneficio da região de Aveiro, na valorização da cidade, na valorização dos concelhos limítrofes, e por isso, nós lhe dirigimos a nossa saudação muito sentida e muito amiga. de verdadeira admiração, pedindo-lhe que continue com a sua persistência, comandando esta nau enorme que ele construiu com o esforço do seu trabalho, com o esforço da sua inteligência, e que do nada se veio a tornar nesta nau gigantesca que a todos nos impressiona profundamente. Egas Salgueiro é um homem grande da nossa terra, é um homem grande de Portugal, por isso para ele vai a nossa admiração e a nossa gratidão.

Mas, minhas Sr.ªs e e meus Srs., os grandes marechais, para ganharem as batalhas, carecem de ter bons soldados que os acompanhem. que empunhem a espada com firmeza, e que enfrentem o adversário com vigor. Pois esses soldados são os trabalhadores da E P A. são os dirigentes dos escritórios, são os operários das oficinas, são os navegantes do alto mar. Todos vós, trabalhadores, compartilhais na realização desta obra grande, todos vós sois dignos da nossa admiração, do nosso carinho, do nosso respeito, porque é, ou com as mãos calejadas ou com a cabeça cansada de contas, é com todo o esforço dos empreendimentos realizados, que se consegue efectivamente levar a cabo obras grandes como esta em que hoje nos encontramos. Para todos, portanto, vai o nosso agradecimento e as nossas vivas felicitações.

Não quero ainda findar as minhas palavras e propositadamente o deixei para o fim, sem neste momento, em nome do Distrito de Aveiro e em nome da cidade de Aveiro e da sua região, dirigir o meu agradecimento ao Governo da Nação pela dotação valiosa que fez incluir no Plano Intercalar da Nação para o engrandecimento do porto de Aveiro, salientando que entre as verbas concedidas para o apetrechamento portuário do Continente, Aveiro figura em 3.º lugar com a dotação de 30.600 contos. Ao Governo da Nação os aveirenses têm o dever e por isso lhes peço que, de pé, na pessoa do Sr. Subsecretário de Estado da Indústria, manifestem o seu agradecimento, para que o transmita a S. Ex.ª o Sr. Presidente do Conselho.

 
 

 

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