Mário Rui Belo V.
Ferreira
(3.º ano)
É dia 15 de Agosto de 1965. Na fortaleza da turma B tudo dorme. Eu,
Mário Rui, vou tocar a campainha de despertar. Toco. Tudo salta do cama. Vestem-se, lavam-se,
alimentam-se e preparam os coisas. São 5 h 30 m. da manhã, e o Luciano
vai arranjar o submarino com o Gama, Cardoso, Patarrana,
etc..
Os outros tratam dos serviços de rádio e televisão, transmissões e
emissões. O Nascimento e o Humberto tratam das lentes do periscópio.
Às seis horas é a hora da partida. Eu e os meus colegas de turma
entramos para o submarino. O comandante, Luciano manda imergir o
submarino; todos estamos nervosos, mas, ao mesmo tempo, contentes e
alegres, pois vai começar a grande viagem ao fundo do mar. O nosso
submarino, que se chama Zorguen, tem possibilidade de imergir até
9.600 km de profundidade. Recebemos uma mensagem de terra dum
nosso amigo que quis falar connosco a avisar-nos de que no sitio
onde pensamos ir há uma grande caverna que é capaz de nos engolir.
É um perigo.
Ficamos todos aterrorizados com a notícia e ainda medrosos, pensando
mesmo em voltar atrás, mas o Luciano não concordou; quis
aventurar-se.
Em todo o caso, levávamos
a bordo a companhia dos nossos
companheiros do RTTB, Rádio Televisão Turma B, em que os nossos
colegas Ulisses, Nuno, José António e Nelson nos transmitiam alguns
programas de televisão.
Eram oito horas e o Luciano deu ordem de observação
ao periscópio, e
verificámos que estávamos perto do Pacifico, zona onde queríamos
imergir.
Imergimos e entrámos na tal caverna
aquática. Somos perturbados por
certas ondas sonoras misteriosas. Perdemos o contacto da rádio, e
deixámos de ver a televisão. Ficámos presos durante 5 dias. Ao 3.º
dia tentámos sair, explodindo um torpedo. Tudo isso em vão.
Vimos passar grupos de anémonas gigantes e perigosas.
Ao longo do tempo, vimos ao cimo da
água um barco da turma C; pouco
depois, os mergulhadores, que são o João Luís. o Paião, o Torrão e
o Pedro.
Foi a nossa sorte, pois já nos estavam a faltar os mantimentos.
Viemos para terra e lá ficou o nosso Zorguen.
Este ano, se passarmos o ano, iremos num
Zorguen maior com todos os
nossos professores, ver o outro submarino, que está na caverna.
Foi uma aventura muito boa e
emocionante. |