Chamava-se Zé
Andava despenteado
Era um menino yé-yé,
Cabeludo e malcriado.
Tinha um grande casacão
Aos quadrados, trespassado,
Camisa às florinhas,
Colarinho «desapertado».
Ia nas aulas entrar
Certo dia, à tardinha,
Quando o mandaram parar,
Por causa da
gravatinha.
Ouviu um grande sermão,
E a casa regressou;
E, como não foi à aula,
Uma falta apanhou.
Tudo isto aconteceu
Por preguiça e teimosia:
Tem que se trazer «gravata..
O que o Zé já sabia!
Paulo Nordeste
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