Maria Manuela
Patrício
(6.º ano)
Todas as
profissões são honrosas, quando exercidas com consciência, e todas
nos merecem o maior respeito. Todos os trabalhadores são úteis à
sociedade e ao país onde exercem as suas funções.
Evidentemente que há profissões que exigem maior preparação física
ou intelectual. Porém, todas são interdependentes. O sábio, o
intelectual, o artista plástico não pode prescindir do operário que
maneja a ferramenta, do lavrador que cultiva a terra, do padeiro que
fabrica o pão, etc.. E todos concorrem para a harmonia e bem-estar
da sociedade.
Há todavia um sentimento íntimo que leva o profissional a
exceder-se no exercício da sua profissão com a ideia fixa de que o seu
trabalho ou o seu invento, consiste a admiração dos aplausos dos
seus confrades de outros países. Esse sentimento, que alguns podem
classificar de orgulho, não é mais do que o Amor da Pátria.
O seu trabalho ou o seu invento excepcionais honram a sua Pátria e
dão-lhe nome. O médico que descobre a cura duma doença, torna-se
imortal e o seu nome anda ligado ao da sua Pátria que ele tanto
prestigiou.
O sábio, que descobriu uma nova teoria, que soluciona processos
antiquados, chama a atenção do mundo inteiro para si e para o país
que o viu nascer.
E assim, nesta ordem de ideias, podemos afirmar que todo aquele
que exerce a sua profissão com brio e consciência, concorre para o
progresso e prestígio da sua Pátria.
A nossa História está cheia de exemplos que confirmam os
conceitos
expostos. Por exemplo: Gago Coutinho amou tanto a sua Pátria
e a sua profissão de Oficial da Marinha e Aviador, que aperfeiçoou o
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sextante para a navegação aérea, chamando a atenção para Portugal de
todo o Mundo culto.
Egas Moniz, o sábio médico que descobriu a Angiografia, prémio
Nobel de Medicina, é também um exemplo de amor, estudo e dedicação
à sua profissão.
Malhoa, grande pintor, honrou a Nossa e sua Pátria, expondo em Paris
telas que fizeram a admiração dos estranhos.
Foi o amor da Pátria que levou o cego Afonso Domingues,
combatente
de Aljubarrota, a reerguer a abóbada da sala do capítulo ao Mosteiro
de Santa Maria da Vitória, mais conhecido por Batalha, depois de ter
sido afastado das obras como inútil.
Mas os exemplos podiam multiplicar-se indefinidamente não só em
relação ao nosso País, mas também a muitos outros.
O Amor da Pátria pela profissão faz com que o trabalho seja
menos custoso e mais perfeito. |