JOHN Tindam, físico
inglês muito conhecido pelas suas investigações
sobre a luz e o som, escreveu certa vez a sua noiva, uma carta a todos os títulos original.
Por ela podeis apreciar esta originalíssima maneira de
traduzir «fisicamente» o amor:
«Dou conglomerado de protoplasma! Adorável combinação de matéria e
de força! Raro produto de infinitas épocas de progresso!
O esplêndido éter corresponde menos aos raios de luz, que o que
correspondem meus centros nervosos à mística influência
que provém da fotosfera do teu rosto? Como o sistema heliocêntrico
se desenvolveu do caos por meio de uma lei inexorável, assim essa
subtilização a que os homens chamam alma, foi tirada do seu profundo
desespero por meio do esplendor da luz que brilha em teus olhos!
Condescende, ó maravilhosa criatura, em observar a
atracção que me
une a ti, com uma força que está em proporção inversa ao quadrado
das distâncias. Consente que ambos, como duplos sóis, descrevamos
um em volta de outros círculos concêntricos que se possam tocar
eternamente por todos os pontos da sua periferia.» |