O Cinema Português
O cinema português há muito que procura encontrar-se com ele
próprio. No
entanto esta luta tem sido árdua e a meta desejada parece que ainda
não se divisa. No entanto, parece-nos que esta época vai ser não
mais uma etapa como todas as outras, infrutíferas e inglórias mas
sim um grande
passo para o objectivo há muito esperado, que não ti menos que a
reconciliação do cinema português com o seu público. Entre os
indivíduos que mais a sério levam
a sua missão encontra-se Manuel de Oliveira, que com o seu filme «O
Acto da Primavera» em recente estreia, tem alcançado os louvores da
crítica, pela qualidade e seriedade que dele se emana. Este filme
foi um ponto de partida excepcional de uma época cinematográfica
bastante prometedora. Fala-se em quatro longas metragens
e um documentário; Sendo «Verdes Anos», de Paulo Rocha; «Pão, Amor e Totobola», de Henrique Campos e «Os Sorrisos do Destino» (realizado por
franceses mas
rodado inteiramente no nosso
país), as longas metragens, e a «Caça», de Manuel de Oliveira, o
documentário. Este documentário, segundo
se diz, é considerado a obra prima de Manuel de Oliveira.
Como se pode ver, o cinema português parece singrar um novo
caminho, pelo menos em quantidade, já que em
qualidade as dificuldades continuam. E é só com muito
esforço, cultura e inteligência, que alguns indivíduos logram sair
da mediania,
muitas vezes imposta pela
falta de honestidade, de que é rodeada a indústria cinematográfica
portuguesa, ou
pelo público que ou não se encontra disposto ou não está preparado
intelectualmente (caso de «Acto da Primavera»
/ 11 / que veio revelar a pouca maleabilidade intelectual do nosso
público), para aplaudir o esforço de indivíduos sérios e com não
menos sérias responsabilidades.
Jota J.
Algumas curiosidades
acerca de artistas
► Laura Alves estreou-se
como profissional em «Pátio das Cantigas».
►
Teresa Gomes, uma grande artista de teatro, já morta, começou a sua carreira
artística aos
26 anos e viveu durante meio século para o
teatro, chegando a trabalhar durante oito anos no Trindade, em
Lisboa.
► Fernanda Baptista,
estreou-se como profissional no Teatro Maria Vitória, em 1945.
►
Amélia Rey Colaço, cujo
nome completo é Amélia Smith Lafourcade Rey Colaço Robles Monteiro, nasceu em
Lisboa a 2 de Março de 1898; estreou-se como profissional aos 19
anos no antigo D. Amélia (hoje S. Luís).
► Artur Garcia, que conta
vinte e poucos anos, tirou o curso industrial e trabalhou como desenhador até descobrir a sua
vocação para o canto e para o teatro.
► Paulo Jorge estreou-se
como cançonetista profissional em Dezembro de 1961, no Porto, num
espectáculo no Palácio de Cristal.
► Paula Ribas nasceu em
Faro, em 23 de Fevereiro de 1924.
► Tony de Matos tem no
Brasil a actividade de cançonetista e comerciante.
► Lana Turner nasceu a 8
de Fevereiro de 1920, sendo o seu verdadeiro nome Jean Mildred Frances Turner.
► Cary Grant nasceu em
Bristol (Inglaterra). Estreou-se em 1931 e desde aí até agora já fez 70 filmes. O seu verdadeiro
nome é Archibald Alexander Leech.
► Sylvia Koscina nasceu
em 1933 em Zagreb, na Jugoslávia e frequentou a Faculdade de Física
de Nápoles.
► O
cançonetista Alberto
Cortez nasceu em Rancul,
na Argentina, e estreou-se em 1959.
►
Johnny Halliday nasceu
em Pigalle, no coração de Paris, e o seu primeiro êxito como cantor
foi « Souvenir, Souvenir».
► Tony Curtis nasceu
a 3
de Junho de 1925 e seu verdadeiro nome é Bernard Schwertz. |