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farol n.º 5 - mil novecentos e cinquenta e nove ♦ sessenta, pág. 3.

 

NA comemoração do 5.º Centenário da morte do Infante D. Henrique, o «Farol» não poderia de forma alguma manter-se alheado ao grande movimento de justa homenagem que todo o país presta a essa gloriosa figura de Homem, que, para além dos séculos, permanecerá imorredoira no pensamento de todos os Portugueses e, o que mais é, na História da Civilização Mundial. Porque o nosso jornal é um jornal feito por jovens e para jovens, quis registar o entusiasmo, trabalho, seriedade com que foi enaltecida a memória do Infante, no nosso Liceu. Por ciclos, por turmas, em espírito de equipa, individualmente, todos trabalhámos, todos demos entusiasmo, devoção, estudo, às páginas brilhantes da nossa História de Quinhentos.

Pequenos e grandes, dentro das suas possibilidades, fizeram surgir, para recordação de todos, aspectos relacionados com a figura comemorada: empresa, época, carácter, vida, consequências económicas, etc., etc..

Tardes que se viveram, irmanados por um interesse comum, por uma vontade imperiosa de cumprir o melhor possível.

Publicar todos os trabalhos apresentados não era viável, dentro das nossas possibilidades económicas. Por isso escolheram-se alguns que representassem o ciclo dos seus autores e os géneros cultivados. Não se publicam porque sejam os melhores, mas simplesmente porque nos poderão dar uma ideia do que foram as nossas sessões henriquinas.

Nós, alunos do Liceu de Aveiro, aqui deixamos a nossa humilde homenagem, a nossa muita admiração e o nosso sentido preito a essa figura de homem, dominadora, sonhadora, voluntariosa que, como disse Fernando Pessoa, «Tem aos pés o mar novo e as mortas eras».

Deslumbrados pela grandiosidade do momento que outrora o nosso país viveu, curvamo-nos admirativamente perante todo esse passado de glória, honra e orgulho de Portugal.

 

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06-06-2018