NA comemoração do 5.º
Centenário da morte do Infante
D. Henrique, o «Farol» não poderia de forma alguma manter-se alheado ao grande movimento de justa
homenagem que todo o país presta a essa gloriosa figura de
Homem, que, para além dos séculos, permanecerá imorredoira no
pensamento de todos os Portugueses e, o que mais é, na História da
Civilização Mundial. Porque o nosso jornal é um jornal feito por
jovens e para jovens, quis registar o entusiasmo, trabalho,
seriedade com que foi enaltecida a memória do Infante, no nosso
Liceu. Por ciclos, por turmas, em espírito de equipa, individualmente, todos trabalhámos, todos demos entusiasmo, devoção,
estudo, às páginas brilhantes da nossa História de Quinhentos.
Pequenos e grandes, dentro das suas possibilidades, fizeram surgir,
para recordação de todos, aspectos relacionados com a figura comemorada: empresa, época, carácter, vida, consequências
económicas, etc., etc..
Tardes que se viveram, irmanados por um interesse comum, por uma
vontade imperiosa de cumprir o melhor possível.
Publicar todos os trabalhos apresentados não era viável, dentro das
nossas possibilidades económicas. Por isso escolheram-se alguns que
representassem o ciclo dos seus autores e os géneros cultivados. Não
se publicam porque sejam os melhores, mas simplesmente porque nos
poderão dar uma ideia do que foram as nossas sessões henriquinas.
Nós, alunos do Liceu de Aveiro, aqui deixamos a nossa humilde
homenagem, a nossa muita admiração e o nosso sentido preito a essa
figura de homem, dominadora, sonhadora, voluntariosa que, como disse
Fernando Pessoa, «Tem aos pés o mar novo e as mortas eras».
Deslumbrados pela grandiosidade do momento que outrora o nosso país
viveu, curvamo-nos admirativamente perante todo esse passado de
glória, honra e orgulho de Portugal. |