I
UM penedo brutal, entra no mar
sossegado e bonito.
Fracas vagas
nas fragas
vão bater
e repetem,
repetem
a tremer:
«Quem nos dera ser ave p'ra voar
até ao infinito!
O nosso dorso
não bateria
na dura rocha!
Como arrepia!!»
II
As gaivotas que estão lá nos penedos,
vão descendo até às ondas
em tais
espirais
que, belas,
parecem...
parecem
camélias!
«A água pode mais, que nos seus medos
arremete contra as sombras!
Nós, as gaivotas...
Nos grandes ventos,
das nossas rotas
nossos tormentos.» |