Acesso à hierarquia superior.

Farol - Liceu Nacional de Aveiro

Acerca desta publicação

Em 18 de Março de 2013, uma antiga aluna do Liceu Nacional de Aveiro, Teresa Sá, enviou-me um e-mail perguntando-me «se ainda era o responsável pelo projecto do arquivo digital referente ao Liceu Nacional de Aveiro» e dizendo-me que possuía «algumas fotografias e documentos do tempo em que fora aluna, pelo que, no ano passado», entrara «em contacto comigo no sentido de» mos enviar. Respondi-lhe que, enquanto o meu ADN (Afastamento da Data de Nascimento) não fosse demasiado elevado e eu continuasse operacional, o espaço «Aveiro e Cultura» manter-se-ia de pé.

Na sequência desta troca de e-mails, fiquei a saber que alunos da minha escola, em tempos idos, à semelhança do que eu mesmo fizera durante o meu período de docente, tinham edificado um «Farol» em formato A5, no qual davam a conhecer à comunidade não apenas aspectos relacionados com as actividades desenvolvidas no Liceu de Aveiro, mas, talvez ainda mais importante do que isto, iluminavam o espaço social com a sua produção escrita em prosa e em verso.

Curioso por esta súbita descoberta, pois em todo o meu período de actividade como docente o único farol que conhecia na região era o da Barra de Aveiro, fui à nova biblioteca da actual Secundária José Estêvão em demanda deste interessante manancial de produção escrita. E, para surpresa e satisfação minha, encontrei duas colecções completas, impecavelmente encadernadas e muito bem guardadas nas novas prateleiras metálicas e mecanizadas, onde se conserva o espólio mais precioso da escola. Requisitei um exemplar, que me foi excepcionalmente confiado. E foi a partir dele que fomos recuperando, para os novos formatos de comunicação, todo o rico manancial de informação registado para as gerações vindouras.

O que é, em termos concretos, o «Farol», erigido pelos alunos e professores do Liceu Nacional de Aveiro entre 1957 e 1969?

Em formato A5 e impresso em Aveiro na Gráfica do Vouga, o «Farol» foi uma publicação dos «Centros Escolares N.º 1 da M. P. F. (Mocidade Portuguesa Feminina) e N.º 2 da M. P. (Mocidade Portuguesa) que, logo no primeiro número, obteve um êxito significativo, a ponto de deixar «os rapazes envaidecidos por tantas e tão lindas palavras de incitamento e aplauso... em relação ao n.º 1 do jornal», tendo-se o primeiro número esgotado ao fim de pouco tempo.

Tal como é dito na «Abertura» do primeiro número, trata-se de «um jornal sem pretensões, modesto e simples, sem características rigidamente fixadas, sem datas de saída pré-determinadas e até sem literatura mais ou menos policial nem jogos de palavras cruzadas», pelo menos nos primeiros números.

Os conteúdos são variados, abrangendo as duas grandes áreas da produção escrita – a prosa e o verso – e reflectindo as vivências e sentimentos de todos os que atravessaram mais de uma década, entre 1957 e 1969. Mas a melhor forma de conhecerem os conteúdos não é lendo uma síntese ou uma apreciação crítica; a melhor é ir folheando as cerca de 800 páginas dos 32 exemplares publicados e aproveitar o manancial de informação que nos foi legado.

Neste novo reacendimento do «Farol», procuramos reproduzir fielmente todo o conteúdo, utilizando as vantagens das modernas tecnologias de informação e, quiçá, completando-o com alguns elementos não existentes nos originais, ou seja, acrescentando índices que permitam uma fácil consulta e pesquisa dos conteúdos, tais como: um índice de conteúdos para cada um dos exemplares do jornal; um índice geral de todos  os conteúdos publicados; um índice onomástico, que facilmente permita, às gerações actuais, recuperar todos os nomes presentes nesta publicação, quer enquanto participantes e colaboradores, quer enquanto elementos de referência e de conteúdos.

Relativamente ao índice onomástico, pensámos inicialmente duplicá-lo seguindo dois critérios: listando alfabeticamente tal como se faz tradicionalmente, ou seja, colocando o último nome em primeiro lugar;  e fazendo o seu duplicado com os nomes completos, em que a ordenação se efectua pelo primeiro nome. Uma vez que os actuais sistemas informáticos permitem rápidas pesquisas a partir de apenas dois ou três elementos do nome completo de cada indivíduo, acabámos por nos limitar à listagem dos nomes completos, ordenados alfabeticamente pelo primeiro nome.

Na generalidade dos exemplares, as páginas são constituídas apenas por texto, não abundando as imagens; e mesmo estas, quando surgem, aparecem isoladas, ocupando uma página completa, apenas com uma breve legenda. Sempre que uma página apresente, para além do texto, conteúdo gráfico que a valorize do ponto de vista artístico, incluímos uma miniatura para acesso à versão fac-similada da mesma.

A leitura das cerca de 800 páginas pode fazer-se folheando os exemplares página a página, tal como se os tivéssemos impressos na nossa frente. Para tal, foram criados botões de navegação modernos e amplos, que facilitam a consulta utilizando-se as mais recentes plataformas de comunicação, de tal modo que, em vez do rato, a navegação poderá fazer-se clicando directamente com o dedo sobre o botão mostrado no ecrã do leitor (caso das modernas tabletes). Claro que a utilização do rato do computador e a utilização de um browser mais evoluído permitirão obter informação suplementar, pois que a colocação do cursor sobre os objectos, quase todos eles interactivos, fará surgir por segundos uma informação complementar que, podendo embora parecer redundante, é de elevada utilidade, especialmente se nos lembrarmos que as páginas poderão também ser lidas por invisuais(1). Em todas elas, a barra superior funciona como cabeçalho ou título e também como forma de acesso à hierarquia superior, ou seja, clicando-se sobre esta barra poder-se-á navegar em sentido inverso, passando-se sucessivamente para os índices antecedentes. E se formos clicando sem pararmos, acabaremos inexoravelmente na primeira e madre de todas as outras, ou seja, acabaremos por voltar à página inicial do espaço «Aveiro e Cultura».

À semelhança do que temos sempre procurado fazer, todas as páginas são de grande simplicidade e fácil leitura, com caracteres suficientemente grandes para comodidade dos leitores, e de reduzido «peso», para um mais rápido acesso, mesmo com sistemas em que a Internet ainda não tenha alcançado as velocidades maiores a que vamos ficando habituados.

E por aqui nos ficamos, deixando os nossos agradecimentos a todas as entidades oficiais que permitem que estes conteúdos possam existir no espaço cibernético (Ministério da Educação, Projecto Prof2000 e Escola Secundária José Estêvão, de Aveiro), sem esquecermos todos os amigos e colaboradores que nos têm dado o necessário apoio e incitamento, para que este e outros faróis possam continuar a iluminar-nos.

Henrique J. C. de Oliveira

Aveiro, 06-04-2013

___________________________
 

(1) – Programas há que permitem aos invisuais a «leitura» de toda a informação apresentada nas páginas, pois os textos são reproduzidos oralmente e a passagem do cursor sobre os objectos permite que as etiquetas suplementares transmitam também as necessárias informações e ajudas registadas no momento da programação.

 

Nota 2 – Infelizmente, a nota anterior deixou de ser verdadeira a partir da versão 9 do Internet Explorer da Microsoft. As versões mais recentes, tais como os browsers de outras marcas de software, estão reduzidas à expressão mais simples, eliminando a leitura das etiquetas colocadas nas imagens e suprimindo os efeitos de transição entre páginas. E, nos suportes mais recentes, tais como as tabletes com sistema operativo Android, nem os fundos musicais das páginas são reproduzidos. (12-10-2014).

 

página anterior início página seguinte

06-04-2013