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                  V – Oliveira Martins, o da 
                  Vida Nova, alvitra como os da Vida Velha, que seja expulso do 
                  trono o rei D. Luís. Continua-se a demonstrar a falta de 
                  sinceridade e de probidade com que o rei era combatido. 
                  
                  VI – Morte do rei D. Luís. 
                  Lúgubres vaticínios em volta do novo rei, D. Carlos I. 
                  
                  VII – Afinal, segundo os mais 
                  eminentes jornalistas da monarquia, ninguém tinha força: nem o 
                  rei, nem os partidos, nem o povo. 
                  
                  VIII – Evidentemente, o 
                  desmoralizado era o rei, e não o desmoralizador. Não era ele 
                  quem desmoralizava o sistema, os homens e os partidos, mas os 
                  homens e os partidos quem desmoralizava o sistema e o rei. 
                  
                  IX – D. Carlos não pagava só 
                  os erros e os vícios de três ou quatro gerações dissolutas. 
                  Pagava, sobretudo, o crime de ter nascido... com mais virtudes 
                  do que os outros. 
                  
                  X – A monarquia até 
                  analfabetos como professores de instrução primária mandava 
                  para as colónias. Ainda na desastrosa administração colonial 
                  os republicanos foram fiéis discípulos dos monárquicos. 
                  
                  XI – Como os republicanos 
                  falavam da aliança inglesa no tempo do regime monárquico, D. 
                  Jaime de Bourbon censurava que o governo de seu primo D. 
                  Afonso não houvesse aproveitado a crise que se seguiu à 
                  proclamação da república para fazer... a conquista de 
                  Portugal. Por mais que o disfarcem, continua sendo esta a 
                  eterna aspiração de todos os espanhóis. 
                  
                  XII – O ultimatum de 11 de 
                  Janeiro de 1890, brutal na forma e na essência, sendo o 
                  resultado da inépcia com que haviam procedido os estadistas 
                  monárquicos, veio dar novo pasto à propaganda republicana. 
                  
                  XIII – Rápida história dos 
                  primeiros passos do partido republicano em Portugal. 
                  
                  XIV – Os violentos ataques a 
                  José Elias Garcia quando se constituiu o partido republicano. 
                  Publicamente repudiam a sua atitude Oliveira Marreca, Latino 
                  Coelho, Jacinto Nunes e Bernardino Pinheiro. 
                  
                  XV – Depoimento de um 
                  jornalista sobre José Elias. Teófilo Braga comenta a atitude 
                  dos partidários e adversários de José Elias acremente. 
                  
                  XVI – Continuam os seus 
                  depoimentos Eduardo Tavares e Teófilo Braga. Por fim os grupos 
                  republicanos unem-se em «noivado auspicioso». Mas quem pagava 
                  as despesas do noivado e os presentes aos noivos era, como 
                  sempre, o tesouro público. 
                  
                  XVII – Ainda na lua-de-mel do 
                  auspicioso noivado, veio a porca questão da Salamancada. 
                  Fontes exclama: «Se José Elias não existisse seria preciso 
                  inventá-lo.» Assim ficou consagrada a república sem 
                  republicanos que veio continuar a remenda obra de estúpida 
                  desmoralização da monarquia sem monárquicos. 
                  
                  XVIII – A doentia 
                  susceptibilidade portuguesa perante o ultimatum. Guerra 
                  Junqueiro e os seus patrióticos dislates. 
                  
                  XIX – O reaccionário Alfredo 
                  Pimenta, escrevendo na “Voz” um artigo sobre a “Pátria” de 
                  Guerra Junqueiro, reforça o que dissemos no capítulo anterior. 
                  
                  XX – António José de Almeida 
                  funda o «Ultimatum» e nele publica um violentíssimo artigo 
                  contra o rei. João de Menezes vem em seu reforço na “Pátria”, 
                  órgão da rapaziada das escolas. 
                  
                  XXI – João Chagas, antigo 
                  palafreneiro real, funda no Porto a “República Portuguesa”, 
                  que vem dar a última prova da anarquia em que o país se 
                  abismava. 
                  
                  XXII – Onde se apontam casos 
                  que mais uma vez demonstram que não havia ideal nenhum, mas 
                  simples «videirismo», nos que se propunham derribar por todos 
                  os processos o regime monárquico. Como esses e outros, 
                  monárquicos e republicanos, dissolveram o carácter português. 
                  
                  XXIII – Chaga explica como o 
                  seu jornal “A República Portuguesa” fez a sua obra de 
                  sublevação entrando resolutamente pelas casernas dentro. Nele 
                  começaram a escrever, ou escrevia Chaga dizendo que eram eles, 
                  soldados, cabos, sargentos, oficiais, dizendo todos, de 
                  mistura com os civis, as coisas mais espantosas contra o rei e 
                  o regime. E tudo se permitia livremente! § Como se tem dito, 
                  foram os monárquicos que mataram a monarquia, como os 
                  republicanos, seus discípulos, têm feito tudo para matar a 
                  república. § Famosa incompetência! 
                  
                  XXIV – Os estudantes da 
                  Universidade de Coimbra publicam um manifesto, rivalizando em 
                  desbragamento de linguagem contra o rei com oficiais, 
                  sargentos, cabos e soldados. 
                  
                  XXV – De tanto relaxamento, 
                  de tão espantosa impunidade até o Chagas se espantava. 
                  
                  XXVI – Conclui-se que o 
                  reinado de D. Carlos não podia ser senão o que foi: uma 
                  contínua ditadura. Ele queria ser rei constitucional. Mas 
                  nunca o deixaram realizar esse propósito. 
                  
                  XXVII – Começa o meu 
                  depoimento. Fui preso como um dos autores do 31 de Janeiro. A 
                  falsa denúncia da Santos Cardoso. O que valia esse tratante. 
                  
                  XXVIII – As relações entre 
                  João Chagas, Santos Cardoso, José Elias Garcia e Teófilo 
                  Braga. O jogo bifronte deles todos e a situação abjecta desses 
                  homens perante o «maître chanteur» Santos Cardoso. 
                  
                  XXIX – Onde se demonstra que 
                  foi o espírito de Santos Cardoso que ficou pairando, a dominar 
                  até hoje, no partido republicano. 
                  
                  XXX – João Chagas, que em 
                  1887 pegava na rédea do cavalo do rei D. Luís e escrevia 
                  ditirambos em prosa em honra do anjo da caridade, foi 
                  acusado mais tarde de souteneur e escroc. 
                  Restabeleça-se a verdade histórica. Não era um souteneur 
                  nem um escroc, mas tão-somente,... uma instituição! 
                  
                  XXXI – Voltemos à minha 
                  traição. O que eu escrevi no Banditismo Político e no
                  31 de Janeiro. 
                  
                  XXXII – Continua a história 
                  da minha traição. Congresso republicano de 4, 5 e 6 de Janeiro 
                  de 1891. 
                  
                  XXXIII – Conclui-se a 
                  história da «minha traição» e averigua-se quem foram os 
                  verdadeiros traidores. 
                  
                  XXXIV – Conclusão.  |