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Diversos


José Afonso - Um olhar fraterno,

de João Afonso dos Santos 

Luís Serrano, Aveiro, 11-10-2002

 

1. Creio não ser fácil a prática do género literário conhecido por biografia. De facto, ele exige o domínio da escrita que faça dele uma obra que não se reduza à secura de um ensaio de características científicas, isto é, onde apenas conta o rigor, mas que aproxime o leitor da personalidade do biografado que é ou era uma pessoa de carne e osso. Essa humanidade exige metáforas, operador fundamental para uma leitura mais rica que não enjeita a presença de sentimentos e emoções. Mas a biografia, vive paredes meias, com o ensaio histórico e isso exige, por outro lado, distanciação, rigor analítico, investigação documental.

Como compatibilizar estas exigências com um grau de parentesco tão forte como é o caso presente em que o autor é irmão do biografado que, de resto, o assume logo no título Um Olhar Fraterno? Aí está uma pergunta que aqui deixo e que dá já conta da minha admiração por um tal irmão que corajosamente se atira a esta tarefa, consciente das dificuldades que o esperam, mas animado pelo grande carinho que sempre teve pelo irmão, pela memória das muitas coisas vividas em comum.

Acresce a isto a perspectiva com que a obra é efectuada. O Dr. João Afonso dos Santos não se limita a colocar factos por ordem cronológica nem a fazer uma biografia cingida apenas aos factos vividos pelo Zeca Afonso. Vai mais longe: enquadra o que foi a vida do Zeca no tempo que lhe foi dado viver, isto é, os acontecimentos históricos a nível nacional e internacional, os acontecimentos cívicos que constituíram grande parte do lastro que alimentou a maneira de ser e de estar do José Afonso. Não contente com isto, assumiu frequentemente, interpretar à luz dos dados e da sua inteligência muitos desses factos.

O Zeca que foi homem de acção (e talvez esta afirmação espante alguns dos que o conheceram) no sentido de nunca titubear na assunção do que tinha por suas responsabilidades cívicas, de nunca recusar o gesto de solidariedade sempre pronto a estabelecer a ponte para o outro, gostaria certamente de ver como o irmão se saiu deste exercício de rigor e de claro empenhamento.

É verdade que o autor se tenta esconder numa modéstia que compreendemos (como se fosse possível tornar o objecto conhecido anulando o sujeito!). Logo nas primeiras linhas nos diz: As páginas que se seguem começaram por ser umas croniquetas desemparelhadas que surgiram [...] (p. 9).

Passam nestas quase 300 páginas referências a cartas do autor, sempre tão ricas de reflexão e não poucas vezes de sentido de humor, entrevistas que foi concedendo ao longo da vida, memórias do autor referentes à infância, à adolescência, ao período coimbrão onde começou a tornar-se conhecido.

 

2. Tive oportunidade de conhecer o Zeca já depois de ele ter saído de Coimbra rumo ao Algarve. Várias vezes nos encontrámos quer na Brasileira, quer em casa do Rocha Pato onde se faziam alguns ensaios e onde o Rui, um miúdo de 14 ou 15 anos na altura, dava já mostras da sua competência na guitarra clássica. Não posso, pois, dizer que tenha privado longamente com o Zeca, mas conheci-o o suficiente para poder corroborar algumas das características do Zeca quais sejam o seu ar desprendido, a aparente desatenção em relação ao mundo que significava exactamente o contrário, o seu fervor em estar nessa jornada de dar voz a quem a não tinha para empregar palavras de João Afonso (p. 10), o seu interesse pela cultura no que ela representa da vida espiritual de um povo, o seu ódio à tirania e à mesquinhez, a sua ternura pelos deserdados, a sua enorme compreensão pelos outros.

Por isso todos nós o apreciávamos na sua totalidade já que não é possível separar o cantor do poeta, do compositor, do homem cívico, do professor, do companheiro. E esse é, a meu ver, um dos segredos da qualidade deste livro que tenho a honra de apresentar; João Afonso dos Santos não escamoteou a realidade que era José Afonso, compartimentando qualidades, isolando aspectos que aqui ou ali pudessem ter tido uma expressão mais evidente, antes tentou captar um Zeca, que era um homem complexo e único, com as suas maravilhosas qualidades e também com aqueles dois ou três defeitos (inocentes, de resto) que o tornavam, a nossos olhos, ainda mais fraterno.

 

3. A obra é constituída por nove capítulos antecedidos pelo que o autor chama Palavras Introdutórias  e termina com trinta e seis páginas de uma  Tábua Cronológica que permite passar em revista, e com brevidade, um passado histórico através dos acontecimentos julgados mais relevantes entre 1929 e 1987, datas do nascimento e morte do biografado. A obra insere ainda 16 fotografias a preto e branco do álbum da família Afonso.

Os capítulos têm títulos curiosos: logo o primeiro chama-se Uma Pátria Mítica. Aí temos um pouco da meninice do Zeca entre os Cerqueiras e os Afonsos e a sua primeira viagem de barco, rumo a Moçambique ao encontro dos pais. Dei comigo a pensar que está aqui neste capítulo alguma coisa daquilo a que Alexandre O’Neill chamou

 

O incrível país da minha tia,

Trémulo de bondade e de aletria.

 

São versos de O País Relativo, poema gozoso com que o poeta passava em revista o Portugal daqueles tempos e também dos actuais, que esse poema ainda não perdeu, de todo, a sua actualidade.

E foi assim que com cerca de dois anos, o Zeca iniciou aquilo que viria a consubstanciar mais tarde o seu destino de andarilho. Não é, certamente, por acaso, que um seu disco virá a chamar-se Cantares do Andarilho. E não era assim que acontecia com os trovadores da Idade Média, deslocando-se de umas cortes para as outras ao sabor das necessidades e do acaso, nomeadamente com os galego-portugueses que o Zeca conhecia bem tendo vindo mesmo a musicar Bailias de João Zorro e Airas Nunes.

 

4. O capítulo que se segue, Quem vive de espanto?, refere-se ao ano passado em Belmonte onde pontificava o tio Filomeno (p. 47). O autor aproveita para dar alguns aspectos do que era viver nesse tempo da 2ª Guerra Mundial numa terra de província encostada à Serra da Estrela. Notas que mostram um espírito arguto, atento à realidade social, aos exercícios de poder que sempre se encontram nestas terras pequenas do interior. João Afonso dos Santos escolhe este capítulo para se debruçar sobre o que se passava por esse tempo na guerra entre as fanfarronices dos apoiantes das tropas do Eixo e as esperanças dos que acreditavam que era possível construir um mundo mais justo a partir de uma eventual vitória dos Aliados.

No fim da guerra, é bom lembrar, Zeca seria um rapazote dos seus 16 anos mal saído da adolescência.

 

5. Num mundo pequeno cresci, assim se chama o terceiro capítulo. Desse mundo pequeno dá o autor algumas pinceladas, onde o nosso Zeca exercita a sua veia humorística e certamente irreverente, troçando, ora deste, ora daquela, como é frequente nos jovens. Veja-se um exemplo (p. 71). [...] No meio disto vinham as perguntas. “Ó tia”, inquiria o Zeca, antecipando a abordagem de uma importante questão teológica, cismática e histórica, “que são indulgências, como se compram com as bulas?” Ou então, com ar sonso (sempre mal disfarçado), “o Espírito Santo é uma pomba?” A tia compunha um ar severo: “O que é preciso é ter fé”, [...]

Uma característica do Zeca era a sua capacidade para apanhar o essencial de determinados comportamentos para os mimar (e daí que não me pareça despiciendo a aproximação que atrás fiz ao O’Neill). Vejamos o que diz o mano a p. 79 e 80: Uma aptidão que sempre teve (e há-de conservar) não o recomendava à benevolência dos mestres: captava-lhes e mimava-lhes os tiques, as vozes, os chavões, tão certos como o sol ou a chuva.

João Afonso dos Santos alude ainda neste capítulo aos acontecimentos de Timor com a invasão dos japoneses onde se encontrava o pai, a mãe e a irmã. Tempos terríveis esses numa terra que havia de merecer o carinho e os versos de Rui Cinatti e se veria mais tarde confrontada com a violência mais abjecta dos militares indonésios.

Curiosamente, após tais reflexões, o autor dá-se conta de que se afastou do eventual trilho linear a que porventura se devesse sentir obrigado e tem este comentário delicioso (p. 89):

Apressei o passo e adiantei-me à cronologia, não dos factos em si mas do conhecimento que deles tivemos. Subvertendo porventura os princípios de economia narrativa ao introduzir uma fractura na focagem sobre o Zeca. Deslocando, em suma, o centro de observação para fora do seu campo óptico dominante. Deixá-lo. As regras fá-las o narrador, conforme lhe vem ao espírito a matéria e segundo as orientações ou as nenhumas orientações de que lança mão.

Este comentário é significativo de que esta é uma biografia especial como deixei dito logo no início e se aproxima curiosamente do romance com variações ao nível da própria estrutura narrativa, alterando o ponto de vista sempre que isso é necessário.

 

6. Algumas vezes João Afonso dos Santos refere-se aos problemas que surgiam sempre que se aproximava a hora de o irmão cantar (quer em gravação de estúdio, quer em espectáculo). Assim se passa em Coimbra Menina e Moça, título sugestivo pedido de empréstimo ao Bernardim Ribeiro. Por ele fico a saber coisas que ignorava. Por exemplo, eu já sabia que o Zeca antes de cantar, em espectáculo, ficava com problemas de garganta mas não imaginava como ele resolvia de uma forma barata, e creio que única, o problema. Dou a palavra ao autor (p. 114-115). Era assim: A princípio, mal chegado à povoação onde iria decorrer o sarau, dirigia-se à primeira mercearia que lobrigava e perguntava ao merceeiro se tinha bacalhau. “Quantos quilos quer”, inquiria, circunspecto, o homem. “Só um bocado.” Passeava-se com bocados de bacalhau seco nos bolsos para aclarar a garganta. Soltavam-se-lhe, atrás de um gesto, puxados por fios invisíveis como coelhos de uma cartola mágica.

 

7. Como compunha o Zeca? Escreveria primeiro o texto e só depois a música? Ou ao contrário, primeiro a música e depois o poema? Ou faria as duas em simultâneo? O autor inclina-se para esta última hipótese (p. 103): [...]  Quanto a mim, porém, a regra era a de ambas as coisas ocorrerem simultâneas[...]  Eu também partilho desta opinião embora as outras duas possam ter ocorrido também já que são conhecidos textos que deixou por musicar. Não há nenhuma incompatibilidade nisso e o artista não tem de compor sempre da mesma maneira. O que parece certo é que ele escreveu poesia para ser cantada. As preocupações rítmicas e fonéticas são prova disso mesmo.

Onde ia buscar a sua inspiração? Para mim, ele foi beber muito nos cancioneiros antigos que conhecia bem. Creio ser também essa a opinião do autor como se depreende da leitura de algumas linhas da p. 140: Já a inspiração “tradicional” ou “popular” [...] parece mergulhar raízes mais na juventude do que na infância. Retinem, em muitas delas, toadas antigas, maneiras, refrãos, transfigurados e acrescentados, ao longo dos anos, por um ouvido esperto e sensível. Poucas vezes se terá limitado a arrancá-los da gleba e a adoptá-los sem mais (quando os fez, esmerilou-os, com delicadeza). O que lhes confere um traço de família que nos leva a reconhecê-las e a reconhecer-nos nelas (e a emociar-nos) é, penso eu, o fundo matricial popular, musicalmente decantado e poeticamente identificado com a substância do ser, individual e colectivo. Vínculo esse mais perceptível numa primeira fase, mas que todavia se mantém mesmo depois dos textos passarem por uma transformação intelectualizada, abstractizante, e dos instrumentos musicais se multiplicarem e decomporem em novas cadências, ritmos e compassos. [...]

Já sobre a canção de maior e mais explícito empenhamento social, cita João Afonso dos Santos uma carta do Zeca em que este lhe diz (p. 125): Comecei insensivelmente a identificar-me com aquele pessoal (refere-se à gente trabalhadora da alta de Coimbra). Esse mundo popular que eu conheci em Coimbra, das cantadeiras, das criadas, dos fulanos que iam pedir medicamentos à malta, de toda aquela fauna que gravitava em torno dos estudantes, às vezes com laços de grande cordialidade e de grande amizade. E refere o autor: Afirmação repetida noutros lugares, todas a sublinharem o papel que teve a classe laboriosa e modesta no despertar da sua consciência, a política e a outra, a do sentido das palavras cantadas. Essa cumplicidade [...] é massa que não deixará de levedar. E se transmudará em composições de cunho social.

 

8. Este tipo de preocupações não era exprimível por uma estética do fado, chamemos-lhe assim, e isso vai levar a uma rotura, primeiro ainda não muito evidente em Canção do Mar e depois cada mais visível em Menino do Bairro Negro, e por aí fora. Faz em Portugal aquilo que outros tinham feito em França. Vai musicar poemas de grandes poetas portugueses: Camões (Endechas a Bárbara Escrava, Na fonte está Lianor, Verdes são os campos), Fernando Pessoa (No comboio descendente), Jorge de Sena (Epígrafe para a arte de furtar), Reinaldo Ferreira (O soldadinho de chumbo), à semelhança de Léo Ferré que havia musicado e cantado poemas de Aragon, por exemplo.

Mas que o Zeca não enjeitava a tradição, pelo contrário bebia nela, é uma verdade insofismável. Basta lembrarmo-nos de várias canções do folclore açoriano que trabalhou com a sua sensibilidade e o seu saber: Os bravos, Canção longe, S. Macaio, Saudade saudadinha, ou ainda da Beira (Resineiro engraçado, Senhora do Almortão, Maria Faia, Moda do entrudo, ou ainda esse tão popular Milho verde..

Naturalmente, os aspectos de intervenção politicamente empenhada são conhecidos. Primeiro com Salazar e depois com Marcelo Caetano Zeca é perseguido, impedido de ensinar, isto é, de ganhar o seu pão, impedido mesmo de ir gravar a França numa primeira tentativa. O próprio Ministro do Interior interdita-lhe, como um deus omnipotente, a actuação em público, (p.205) segundo informação da Pide de 28 de Maio (outra vez o 28 de Maio) de 1971. Já nas vésperas do 25 de Abril é preso durante 21 dias (30 de Abril a 21 de Maio de 1973). Para meu grande contentamento, já não me lembro do nome desse ministro. Alguém se lembra? Mas todos nos lembramos ainda de ti, Zeca. Estás vingado!

 

9. O 25 de Abril dá-lhe novo alento. Mas não tarda a dar-se conta de que os seus ideais tinham sido traídos. Contudo, esse passo atrás não lhe retirou o gosto pela utopia. Como diz João Afonso dos Santos a p.239: [...] Zeca foi utópico. Um utópico céptico (passe a contradição), motivando-se e actuando “como se a revolução fosse possível”. Com a aguda consciência de um mundo onde a diferença ou as diferenças se reinstalam e a mediocridade também.

Vale a pena, como de resto fez o autor, citar uma das suas últimas composições poéticas onde já não é possível disfarçar o desencanto. Refiro-me à Década de Salomé:

 

“Vou terminar esta prosa
estamos na década de Salomé
será o apocalipse ou a torneira
a pingar no bidé?”

 

Se não fosse dramática, esta simples quadra, dava até vontade de rir. É difícil ser tão corrosivo (O Zeca tinha grande sentido de humor mas, a meu ver, não era corrosivo) como ele o foi nestes quatro versos. Logo o nome de Salomé nos traz à lembrança o episódio bíblico em que Salomé, obtém num prato a cabeça degolada de S. João Baptista. Porque é um tempo de, metaforicamente, degolar cabeças. A analogia entre o apocalipse (a negação do cosmos) e uma simples torneira a pingar no bidé é, obviamente, o non-sense, o absurdo, ainda com esta alusão nem sequer muito discreta à necessidade de lavar, não a alma, ou o coração, mas o próprio rabo, aqui transformado em símbolo de um produtor de estrume. O Zeca conheceu essa humanidade que apenas produzia estrume, mas sabia que existia uma outra que amava a poesia e a música e que só queria ser feliz sem atropelar os outros. É uma quadra que mais uma vez me recorda o O’Neill, que tinha esse talento único para subverter o discurso, desconstruindo-o, e nessa desconstrução encontrar novas significações.

 

10. O Zeca era avesso à técnica, não por ser impermeável ao progresso mas, provavelmente, por considerar que este não era acompanhado, correspondentemente, pelo progresso social pelo qual tanto lutou com as armas que tinha ao seu dispor e que nós já conhecemos. Daí que quando tinha que se socorrer de um gravador precisava de alguém que o accionasse (ver p. 102). Não sabia música e daí que apelasse para a sua própria inventiva. Como nos conta o autor (ainda p. 102): De modo que Zeca continuou a inscrever as suas descobertas musicais em pautas que inventara para governo próprio. [...] Uma quadrícula alongada (as cordas da viola), com numerações misteriosas, anotações de sentido obscuro. Símbolos de uma alquimia musical. Chaves para com elas se abrirem, não as portas de uma ciência hermética, mas a substância de uma inspiração em risco de evanescência.

Permito-me sublinhar a palavra “chave”. Julgo que é aqui que está o segredo da vida do Zeca. Ele passou toda a sua vida à procura das chaves com que abrir portas, as portas que davam para a sua felicidade mas essa, no seu caso, dependia da felicidade dos outros. Soubéssemos nós ser tão generosos como ele o foi e o mundo seria certamente muito melhor. Fôssemos nós capazes de prescindir daquele acessório que não é indispensável como ele, José Afonso, o foi. Cada um de nós não chegaria, por certo, à austeridade e ao despojamento de um S. Francisco de Assis mas passaríamos a dar um outro valor mais às relações entre as pessoas e menos às relações de consumo que a sociedade do dito nos impõe e em que dia a dia mais nos atolamos.

 

11. Fique-nos da sua vida o exemplo de uma vida fraterna como o título o insinua numa segunda leitura. Fique-nos dela o gosto pela música, pela poesia, pela cultura porque de tudo isso se alimenta o homem. A beleza e a moral não são a mesma coisa mas trilham caminhos próximos e apesar do carácter profundamente individual da criação artística, a recepção da mesma constitui frequentemente um grande acontecimento colectivo e os grandes acontecimentos colectivos aproximam as pessoas.

Ficamos em grande dívida para com o Dr. João Afonso dos Santos. É graças a ele que passamos a ter um retrato sério e rigoroso de um homem bom e de um grande intérprete. Eu sei que o dr. João Afonso dos Santos não fez sacrifício; tenho a certeza que o esforço lhe deu até muito prazer. Ainda assim, não podemos deixar de lhe estar gratos.

Creio que poderei dizer em nome de todos nós e sem cometer abuso: Bem hajam ambos!

Luís Serrano, Aveiro - 11-10-2002

 


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