Olhos azuis
Cintilam na brancura rosada
De uma face ainda imaculada
São pedras preciosas
Inscritas no alvor da pureza
De uma alma tão grande
Capaz de se dar ao esplendor do próprio Universo
Nos seus finos lábios
Sempre se rasga um sorriso luminoso
Tão incandescente
Quanto a mais bela das estrelas
Deste céu que ainda nos cobre.
Que doçura inspira nos que a olham
Na sua inocência de menina
Tão pura
Tão leve…
O mais ténue sopro
Pode arrastar
O seu espírito
Até às profundezas da Terra
Sabe amar como ninguém…
Esses lindos olhos azuis
Fazem transparecer
O amor verdadeiro
Em cada lento
E terno pestanejar
Azul do céu
Azul do mar
Azul da Lua…
Azul daquilo que se quiser…
Azul do Tudo e do Nada…
Azul
Que sempre reflecte
Um singelo ser
Transparente
Uma dádiva divina
A infinitude do Ser
Do estar
E do amar
Que lhe é próprio
Azul dos espaços siderais
Azul do infinito
Do ilimitado
De todos os horizontes
Azul de todos os desejos
De todos os instintos
De todas as pulsões
Azul de todos os amores
Da esperança
Do olhar fixo e profundo
Que tudo olha e sempre vê.
Isabel Rosete
9/1/2001- 3/7/2007 |