Oficina de Teatro - Escola Secundária José Estêvão

1ª PARTE - INTRODUÇÃO

CONTEXTO SOCIAL

Em qualquer reforma educativa é realizado um trabalho de análise e reflexão, assente em todas as realidades concretas, onde irá ser aplicada. Por um lado, poderá ser um "projecto" linear, supostamente exequível em qualquer contexto, por outro lado, deve visar um futuro desejável, mas todas as evoluções de condições e valores dependem de opções internas e de influências externas, de forma que, qualquer projecção de futuro, estará sempre rodeado de incertezas. Por isso, é que será importante preparar os alunos para conviverem positiva e criticamente com as dinâmicas de mudança.

Obviamente que qualquer reforma é muito difícil -  finalmente reconhece-se que o equilíbrio social do futuro depende da Educação e é de qualidade que falo, quando se propõe  Oficina de Teatro, porque é na qualidade que se devem centrar os objectivos e os meios e é nas preocupações humanistas que se recuperam ou renascem valores.

 

CONTEXTO EDUCACIONAL

A Escola é o centro do processo educativo e, se não tiver condições e recursos adequados nunca poderá ser um lugar atraente e motivador de aprendizagem. Devemos ter consciência que a eventual rejeição da Escola não se deve exclusivamente à falta de recursos e condições. Como é difícil determinar as razões desse fenómeno, por falta de explicações convincentes, vejo uma Disciplina, como a Oficina de Teatro, a poder ajudar a mudar o contexto educacional numa reforma, para motivar a população escolar a envolver-se com gosto no processo ensino-aprendizagem. Qualquer transformação significativa, não será eficaz se não estiver associada, no tempo e nos recursos, a uma nova organização, gestão dos espaços e tempos educativos e a uma relação pedagógica humanizada. É por isso que concordo com as propostas, do Ministério da Educação, de revisão curricular a este nível, porque penso que se vai criar uma Escola sem estar isolada da vida social e interactuante com alunos, professores, famílias, interesses sociais, económicos e culturais. Será uma Escola mobilizada para identificar e concretizar respostas educativas próprias, até porque na Disciplina que a Escola oferece, os critérios de selecção das matérias curriculares vão respeitar, mais facilmente, os objectivos gerais e específicos, previamente definidos e a definir, conforme as realidades que vão surgindo. Terei em conta que não se deve conflituar destrutivamente com o universo cultural dos alunos, mas dar-lhes a conhecer outros universos. Tudo isto só poderá acontecer se respeitarmos os níveis de maturidade dos alunos, as suas necessidades e motivações, compatibilizando o equilíbrio entre extensão e profundidade dos conteúdos. Tentarei satisfazer exigências de actualidade e de imprescindibilidade, em termos de informação fundamental, perdurável e transferível para novas situações de mudança.


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