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            por Arada da Costa 
            
            QUEM 
            visitou Ovar há cerca de trinta anos, e hoje voltou a fazê-lo, nota 
            o acentuado progresso que a populosa vila leva de vento em popa. 
            
            Quer no aspecto urbanístico do velho 
            burgo ovarense, quer no ramo industrial, sem dúvida Ovar mostra, 
            cada vez mais alto, o merecido conceito que sempre gozou. 
            
            O remoçamento é quase geral. 
            
            As suas ruas, pracetas e jardins, não 
            falando na construção urbana particular, cada vez mais valorizada, 
            tomam um aspecto agradável. 
            
            E falar da sua encantadora Praia do 
            Furadouro, do Carregal e do Areinho? 
            
            Não sabemos o que dizer melhor: se da 
            Praia do Furadouro, com as suas belezas naturais, o extenso lençol 
            de macias areias doiradas, amplas e bem alinhadas artérias, e uma 
            paisagem encantadora; se do bucólico e poético Carregal, um recanto 
            de suave formosura, ou, ainda da bela Praia do Areinho, debruçada 
            sobre as águas da Ria, essa «Bela Desconhecida» onde poisam, sobre a 
            musselina azul das suas águas, velas branquinhas, parecendo andar em 
            ensaio de voo, e o típico moliceiro desliza, embalado com o cantar 
            monótono do seu timoneiro?  |