...a partir de trabalhos da formação contínua nas
iniciativas Professor: pessoa e profissão e
A escola e a construção de género para uma igualdade de
oportunidades
org. Teresa Maria Pinheiro de Castro
Com
dez anos de idade, aproximadamente a mesma percentagem de rapazes e
raparigas são declaradamente agressivos, dados à confrontação aberta
quando se zangam. Aos treze anos, começa a emergir uma diferença nítida
entre os sexos: as raparigas tornam-se mais hábeis do que os rapazes na
prática de técnicas agressivas mais artificiosas, como o ostracismo, os
mexericos e as vinganças indirectas. Os rapazes, de um modo geral,
continuam a procurar o confronto directo quando provocados, alheios a
outras estratégias mais subtis. (...)
Esta diferença entre rapazes e raparigas epitoma aquilo a que Carol
GilIigan chama a disparidade – chave entre os sexos: os rapazes
orgulham-se de um tipo de independência e autonomia dura e solitária,
enquanto as raparigas se vêem a si mesmas como fazendo parte de uma rede
de ligações. Assim, os rapazes sentem-se ameaçados por qualquer coisa
que ponha em causa a sua independência, enquanto para as raparigas a
ameaça reside na rotura dos seus relacionamentos.
David Goleman
No desenvolvimento das mulheres, o absoluto da preocupação com os
outros, definido inicialmente como a recusa a fazer sofrer os outros,
torna-se complicado pelo reconhecimento da necessidade da integridade
pessoal.
Carol Gilligan
Considerando a Biologia e a Psicologia do
Desenvolvimento, o ciclo da vida humana caracteriza-se pela ligação e
pela separação (relativamente à família, aos amigos, aos outros em
geral).
A adolescência definir-se-á pelo apogeu de uma
necessidade de separação. Ao invés, a idade adulta significaria o
regresso à ligação e à preocupação com os outros.
Entretanto, enquanto os homens tendem a reforçar a ideia
de separação, demarcando-se através de uma identidade e integridade
próprias, na perspectiva da chamada Ética dos Direitos, do "Eu",
as mulheres, por seu lado, apresentariam um dilema no seu
desenvolvimento, a saber, o conflito entre a realização pessoal e a
preocupação com os outros, aquilo que se designa por Ética das
Responsabilidades.
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As mulheres seriam então "atoladas em relação", pondo-se
uma tonalidade familiar nas vidas das mulheres, deixando-as em risco, já
que a sociedade premeia a separação. Esta realidade é retratada nas mais
variadas situações, mas nunca como hoje o assunto da feminização (a
despeito das conotações que pesam sobre esta palavra) se tomou tão
premente, tais as implicações que o mesmo tem despoletado nos mais
diversos níveis da esfera social, económica, política...
Se neste último caso – o reduto da política, como lhe chamou
Vitalino Canas (1)
–
as mulheres entram com extraordinária dificuldade, (quem não se lembra
da famigerada lei das quotas...), já no âmbito do ensino-aprendizagem
assiste-se a uma intensa feminização da profissão docente, um facto
indiscutível, para o qual se acham causas e consequências nem sempre
valorizadoras, visto que os estereótipos femininos, consciente ou
inconscientemente adquiridos e tidos como absolutos, emprestariam alguma
subalternidade ao contexto escolar. De facto, se por um lado as mulheres
são predispostas a prestar serviços aos outros e portanto tirariam
vantagens do carácter necessariamente relacional da profissão, pelo
discurso afectivo e pela preocupação com os alunos, por outro lado,
estarão as mulheres, pela sua visão dita "não violenta", a fomentar uma
cultura de acomodação decorativa e tagarela?!...
Os dados estão lançados. Contudo, uma visão maniqueísta
da realidade do homem e da realidade da mulher não faz muito sentido,
após os estudos realizados. No capítulo "Visões de Maturidade", na obra
citada de Carol Gilligan, a autora refere que medir o desenvolvimento
das mulheres pelo padrão dos homens faz ignorar a possibilidade de
diferentes verdades, para além de que, acrescenta, a Ética da
Responsabilidade pode tornar-se um apoio da força da integridade
pessoal, por escolha consciente e deliberada. As mulheres até
estariam, portanto, numa posição ideal para observarem todo o potencial
humano. Assim, na dialéctica do desenvolvimento humano, a clássica
tensão entre o padrão feminino e o padrão masculino, com a pressuposta
ordem hierárquica subjacente, tende a esbater-se cada vez mais para
integrar os dois modos de experiência e de interpretação social, no que
resulta uma maior compreensão e equidade das relações entre os sexos e
uma representação mais completa das relações adultas no trabalho e na
família.
Seja como for, não será por acaso que ainda se comemora
um Dia Mundial da Mulher (e por que não um dia mundial dos loiros, dos
morenos, dos baixos ou dos altos?!...), que existe uma Linha Mulher ou
uma Comissão para a Igualdade e Direitos das Mulheres e aforismos que
teimam em dizer que, por detrás de um grande homem está uma grande
mulher (etc.); porém, à custa de quê? Vejamos o quão verosimilhante pode
ainda ser este pequeno texto extraído de um conto de Moravia, "O
Equilíbrio":
O problema de meu marido é que eu lhe dei tudo:
juventude, beleza, inteligência (sim, até inteligência; estava a tirar a
licenciatura, e por ele abandonei o estudo), tudo, dizia eu; e em troca
não recebi nada. Ou, melhor, recebi; em troca, ele conseguiu que me
transformasse em empregada da sua ourivesaria. Dei-lhe também dois
filhos, um rapaz e
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uma rapariga, que têm agora nove e dez anos.
(...)
Enquanto vou pensando estas coisas, continuo a vê-lo
dormir e deixo correr o meu pensamento. Dei-lhe, portanto, tudo, e ele,
em troca, não me deu nada. Pior: fez de mim uma empregada da sua loja.
Por isso, eu sou credora; ele devedor. Os pratos da balança entre nós
não estão desequilibrados: o dele está em baixo, cheio e pesado; o meu
está em cima, vazio e leve. É claro que tenho de fazer alguma coisa para
que o meu prato fique, pelo menos, a par do dele.
Tenho uma ideia. Mas talvez que, mais que uma ideia, seja
um impulso do corpo que, por assim dizer, se antecipa à ideia. Desço da
cama, visto-me à pressa (...)
Alberto Moravia
Neste percurso de ficção, será porventura reconfortante
acabar a história com uma moralidade roubada a Balzac: "A mulher é mais
forte através da sua sensibilidade do que o homem através da sua força".
Mais um estereótipo?... Por que razão será então tão problemática a
integração das mulheres no mercado de trabalho – apesar do crescente
número de mulheres que entram para as universidades, uma vez que têm
melhores notas, em cursos tradicionalmente masculinos, como Direito,
Medicina ou Engenharia?
A verdade é que o mercado de trabalho revela uma forte
segregação sectorial do emprego feminino, que se concentra nas áreas do
ensino e da saúde (uma vez mais, a constatação da prestação de cuidados
aos outros, numa ética de responsabilidade), assim como lugares mais
baixos ou intermédios das hierarquias das organizações.
A este respeito, vale a pena atentar no seguinte registo
descritivo de ocorrência, feito por uma professora, num contexto de
reunião de conselho de turma, com os professores da turma e membros do
conselho directivo de uma escola, em que se pretendia aprovar o
currículo e organização curricular de uma turma do sétimo ano de
escolaridade:
Começávamos a comunicar uns aos outros as propostas de
Currículo para cada uma das disciplinas, quando o Presidente do Conselho
Directivo interveio, dirigindo-se ao professor de Educação Visual e
Tecnológica e da Área Vocacional.
Presidente do CD
– Ao nível do que propuseste na Área Vocacional parece-me que nada
contemplaste de específico para as raparigas. As vertentes escolhidas
são Informática, Carpintaria e Electricidade.
Professor da Área Vocacional
– Sim, tinha pensado assim, pelo menos para o 7.º ano.
[silêncio... parecendo-me que o assunto tinha ficado
por ali]
Eu
– Pareceu-me que estava a defender vertentes específicas para rapazes e
raparigas. Porquê? Defende que haja uma diferenciação de aprendizagem
por sexos?
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Olhe que isto é um projecto que vai estar a
desenvolver-se em 2001!...
Presidente do CD
– É uma questão que ponho à discussão.
Professor de Ciências
– Eu acho absolutamente certo que se pense nessa diferença. Acho que não
podemos ser líricos nem viver de poesia, por mais bonita que ela seja.
Vejam o exemplo da Electricidade. Sabemos que nenhuma rapariga vai
arranjar emprego na Construção Civil. Já alguém viu uma rapariga a
trabalhar na Construção Civil? E é na Construção Civil que se emprega a
maior parte dos electricistas.
Professor da Área Vocacional
– Não é exactamente assim. Há também o domínio da
Bobinagem e aí as raparigas até são muito procuradas. Eu acho que, pelo
menos, deve haver alguma aprendizagem comum, de base. Já não defendo,
talvez, para as raparigas, a aprendizagem comum da Instalação Eléctrica.
Temos realmente de ser pragmáticos. Mas isso é lá para o 9.º ano…
Eu
– Eu penso que deve ser aberto a todos um leque de escolha o mais
diversificado possível, sem nenhuma diferenciação por sexos nem à
partida, nem em termos de expectativas de futuro. Insisto neste ponto
por duas razões:
Primeiro porque, em termos pessoais, acho que a Escola se
deve organizar de modo a que rapazes e raparigas possam descobrir
interesses e aptidões com o máximo de liberdade.
Segundo, (virando-me para o Presidente do CD) porque
quero dar testemunho da reflexão que um grupo de professores desta
escola tem feito na Acção de Formação "A Escola e a Construção das
Identidades de Género para uma Igualdade de Oportunidades". Tenho-o
ouvido a si, várias vezes, lamentar que nada do que os professores
aprendem na Formação Contínua "transpire" na escola ou produza qualquer
mudança.
Então aqui está a minha participação: temos reflectido
sobre esta matéria e tem sido considerado que a promoção da igualdade de
oportunidades na educação e na vida social passa por uma intervenção da
escola, implicada na reformulação e no alargamento das perspectivas
tradicionais sobre os papéis sociais do masculino e do feminino.
Presidente do CD
– Estou a ouvi-la com toda a atenção mas aponto-lhe já o caso da Escola
Secundária de Estarreja, onde trabalha a minha mulher, que desenvolve um
projecto, com sucesso reconhecido exteriormente. Eles têm uma turma
organizada ao abrigo do despacho 22 e assumiram, sem quaisquer
complexos, Jardinagem para as raparigas e Electricidade e Metalomecânica
para os rapazes. Aliás eles
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fizeram uma parceria com a Câmara Municipal e ela é que indicou essa
distinção.
Eu
– Eu conheço o projecto. Ele foi divulgado no Forum realizado, há dias,
em Santa Maria da Feira, sobre Escola-Diversidade-Currículo. De facto,
foi muito aplaudido, mas também é verdade que o comentador, Dr. Abílio
Amiguinho, da Escola Superior de Educação de Portalegre, o criticou pela
discriminação subjacente.
Professor de Ciências
– Nós temos de pensar naqueles que vão fazer parceria connosco, em que
se disponibiliza para organizar os estágios destes alunos. Estamos ou
não interessados em integrar estes alunos no mercado de trabalho, na
sociedade activa?
Presidente do CD
– A... , por exemplo, é contra o facto de conseguirmos que o Hotel
Imperial aceite as nossas alunas para estagiarem, por exemplo, no
serviço de quartos?
Eu
– Não, não acho nada mal. Mas porquê só para alunas? E se
algum rapaz pudesse vir a interessar-se?
Professor de Geografia
– Mas acha, realmente, que algum rapaz virá a querer estagiar no serviço
de quartos do Hotel Imperial?
Eu
– Não sei…
Professor de Português
– Atenção à nossa cultura. Não é que eu esteja de acordo mas, com a
cultura que temos, será muito improvável que algum rapaz queira um
trabalho desses.
Professor de Ciências
– Sejamos claros: a escola tem de compreender o meio local se quer
inserir-se nele e pedir-lhe colaboração.
Eu
– Mas será que temos de pensar o meio local como algo estático e
imutável?
Professor de Educação Visual e DPS
– Bom, eu acho que temos de ter presente que estamos a
definir um currículo para o 7.º ano de escolaridade. A três anos do fim
da educação básica será legítimo afunilar as aprendizagens por causa de
emprego? Não se trata de abrir perspectivas, primeiro?
Professor de Ciências
– Mas é ou não verdade que estamos preocupados, sobretudo, com a
integração social destes alunos? Queremos ou não queremos fazer alguma
coisa pela integração social destes alunos?
Eu
– Claro que queremos!
(...)
/
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Será legítimo que a Escola "afunile" as aprendizagens
(baseando-se no sexo!) por causa das saídas naturais de emprego – dentro
de uma perspectiva "pragmática", ou, em vez disso, deverá antes abrir e
alargar caminhos (fazendo pouco caso dos papéis sociais do masculino e
do feminino) – dentro de uma perspectiva dita "lírica", "poética"...?
É bem verdade que não raras vezes as atitudes tomadas em
prol da justiça e da equidade nestas questões não passam de
paternalismos complacentes mascarados de boas intenções progressistas.
Trata-se de uma questão cultural e social abrangente, que engloba
diversas formas de organização. Tudo isto fará parte de um processo de
crescimento natural, necessariamente lento, porém inevitável, como vem
provar o inquérito levado a cabo por duas professoras, uma vez mais no
âmbito de uma acção de Formação, junto a 100 alunos, divididos entre o
2.º e o 3.º ciclos:
Face aos dados obtidos, verificámos que a mulher
permanece a eterna «sacrificada».
Não podemos esquecer que hoje ela tenta afirmar-se cada
vez mais no mundo do trabalho, adquirindo maior independência face ao
homem, procurando o sucesso no seu desempenho, a satisfação do seu
"ego", tudo isto com esforço, pois sobre ela continua a recair todo o
«peso» do lar.
O pai adquire, neste trabalho, alguma importância, mas
quase nunca no singular!
Os resultados dos nossos inquéritos vêm de encontro a
estudos estatísticos realizados em 1985, em França e na América, em que
concluem que a mulher trabalhadora por conta de outrem continua a
dedicar muito mais tempo aos filhos do que o pai, na mesma situação.
Chega-se mesmo a salientar que a desproporção é de 1 para
4 (a mãe apoia 4 vezes mais), desvalorizando-se ainda o sentimento e o
empenhamento do pai na execução de iguais tarefas.
No entanto verificamos, no nosso dia-a-dia, haver pais
mais atentos e empenhados nos cuidados que dispensam aos filhos (bebés).
Parece-nos até que irradiam uma certa felicidade na sua condição de
pais!... Tratar-se-á de uma «paternidade» verdadeiramente assumida em
todas as suas vertentes? Poderemos pensar que estas manifestações são
augúrio de uma nova «era», a de pais «maternos»?
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Mais três interrogações foram colocadas por outra
professora, no trabalho que realizou ainda a propósito destas temáticas:
Será que uma crescente constatação da infinita variedade
e individualidade dos humanos, de um outro sexo, vai permitir um esbater
de estereótipos e das representações de género?
Será que a utilização da "Internet" e outros meios
electrónicos que vai necessariamente marcar as relações inter-pessoais e
as relações de género, irá acentuar as assimetrias ou libertar
identidades?
Será que em relação ao género, em Portugal, actualmente o
dominante é a desigualdade, o desequilíbrio e a assimetria, com espaços
e dimensões de igualdade aqui e ali, ou será o dominante a igualdade, a
simetria, o equilíbrio com resquícios de autoritarismo, prepotência,
domínio e subordinação?
Termina-se com uma espécie de hino, em que se exorta a
uma caminhada em equidade, empenhada e optimista, de uns e de outros, de
mulheres e de homens. Será esta, em suma, a visão de maturidade de que
falava Carol Gilligan, que encontra eco nas mais variadas latitudes:
É uma tarefa épica (que o digam as palestinianas e tantas
outras) mas à qual as mulheres estão a demonstrar que não só não voltam
as costas como, muito menos, desistem.
Dos sofrimentos de muitas gerações vem-nos a força, da
capacidade de amar vem-nos a força – apoiada por muitos homens que, como
Aragon, vão sentindo que "A mulher é o futuro do homem".
Os jovens (rapazes e raparigas) intensamente explorados,
ainda assim com as raparigas mais exploradas que os rapazes e com
componentes mais dramáticas como a exploração sexual do corpo feminino
(assédio e prostituição), embora, também neste campo e sobretudo nas
crianças e jovens a igualdade na desgraça vá crescendo em muitas partes
do mundo, os jovens têm vindo a uniformizar interesses, num instinto
solidário de defesa que, necessariamente, imporá um salto em frente na
caminhada humana.
Nair Penafort
______________________________
(1)
–
in
"Público" de 8 de Abril de 1998 (artigo de opinião)
■
Fontes de informação e referências bibliográficas:
"Teoria Psicológica e Desenvolvimento da Mulher",
("Visões de Maturidade"), trabalho da formanda Teresa Maria Pinheiro de
Castro, realizado no âmbito da Acção de Formação "Professor: Pessoa e
Profissão", Centro de Formação José Pereira Tavares, Aveiro: Maio de
1999.
"Registo Descritivo de Ocorrência", trabalho da formanda
Rosa Maria Condesso Mangerão, realizado no âmbito da Acção de Formação
“Escola e a Construção de Identidades para uma Igualdade de
Oportunidades", Centro de Formação José Pereira Tavares, Aveiro: Maio de
1998.
Trabalho conjunto das formandas Maria de Jesus Silva e
Maria Isabel Oliveira, realizado no âmbito da Acção de Formação “Escola
e a Construção de Identidades para uma Igualdade de Oportunidades",
Centro de Formação José Pereira Tavares, Aveiro: Maio de 1998.
Trabalho de Maria Aldina Duarte, realizado no âmbito da
Acção de Formação “Escola e a Construção de Identidades para uma
Igualdade de Oportunidades", Centro de Formação José pereira Tavares,
Aveiro: Maio de 1998.
GILLIGAN, Carol; Teoria psicológica e Desenvolvimento
da Mulher, Ed. Calouste Gulbenkian, Lisboa, [p. 257]
PENAFORT, Nair; Percursos da Sensualidade, Forum
Cultura e Saberes IRENE CASTRO, Porto: 1993 [pp 49 e 50].
GOLEMAN, Daniel; Inteligência Emocional, Círculo
de Leitores, Lisboa, [pp 153-154].
MORAVIA, Alberto; Uma Outra Vida, Europa América, Lisboa: 1975, [pp
81 e 82].
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