Associação Humanitária dos Bombeiros
Voluntários de Anadia
Data de 20 de Dezembro de 1933 a fundação da Associação
Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Anadia. Na lista dos seus
fundadores contam-se, além de outros, os Drs. Armando Cancela de Abreu,
Fernando Costa e Almeida e Manuel Rodrigues Simões e, ainda, Serafim
Tavares Alves e Óscar Alvim. Foi seu primeiro Comandante José de Pinho,
que, na altura, se encontrava em Anadia a secretariar a Secção de
Finanças do concelho. O primeiro incêndio em que intervieram os
Bombeiros de Anadia, pouco depois da sua fundação, verificou-se em
Águeda.
O seu apetrechamento material começou com um
pronto-socorro equipado de moto-bomba braçal, mais tarde substituído por
uma moto-bomba D.K.W.
O Corpo Activo nunca contou menos de vinte homens.
Em 1950, capotou a viatura da Corporação (único desastre
até hoje registado); e, em 23-12-1952, a Direcção adquiriu, com um
subsídio oficial de 80 contos, um Chassis «Bedford» para um
pronto-socorro, ainda hoje ao serviço. Posteriormente, com a generosa
diligência do Eng.º Augusto Cancela de Abreu, à data Ministro do
Interior, foi adquirido um «Ford V 8», que se adaptou a ambulância, a
qual viria a ser abatida ao serviço em 1960. Presentemente, a corporação
conta com o seguinte material: um pronto-socorro equipado com uma
moto-bomba «Bachert» e com todo o material correspondente; um carro para
todo o terreno, adquirido em 26-7-1965, equipado com uma bomba de alta e
baixa pressão; uma moto-ligeira «Escol»; uma motosserra e todo o
equipamento para incêndios em edifícios e florestas; várias máscaras
antigás; material para salvamento de pessoas e animais em eminência de
afogamento; uma auto-ambulância «Peugeot» adquirida em 9-8-1963,
equipada com maca, botija de oxigénio e restante material para primeiros
socorros; uma auto-ambulância «Wolkswagen», adquirida em 24-4-1970,
equipada com aparelho para transfusões, botija de oxigénio, duas macas,
uma cadeira ortopédica e outro material para primeiros socorros − carro
e equipamento que se devem à benemerência da Fundação Calouste
Gulbenkian.
São numerosos, e sempre foram oportunos e úteis, os
serviços da Corporação, quer no concelho de Anadia, quer noutros
concelhos a que o Corpo Activo prontamente acorre sempre que solicitado.
Desde a data da sua filiação na Liga (1948), a Associação
Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Anadia tem estado presente em
todos os Congressos.
Bombeiros Voluntários de Arouca
Em 25 de Abril de 1964, o Governador Civil de Aveiro deu
o seu despacho de aprovação aos estatutos dos Bombeiros Voluntários de
Arouca e passou o respectivo alvará. E, em 22 de Julho do ano imediato,
foram eleitos os primeiros corpos gerentes.
Logo a respectiva Direcção promoveu diligências junto da
Inspecção do Serviço de Incêndios da Zona Norte, que informou de tudo o
que se tornava indispensável para dar início às actividades do corpo de
Bombeiros. Todavia, e não obstante as diligências feitas, não se
conseguiu um edifício que pudesse servir, ainda que provisoriamente,
para instalar o indispensável quartel. E, por isso, se pensou em
adquirir um terreno, para edificação com características que pudessem
aproveitar a um futuro e definitivo quartel; mas, também neste caso, se
goraram todos os esforços.
Não são, todavia, apenas as dificuldades de instalações
que têm impedido a criação efectiva dum corpo de Bombeiros em Arouca: em
meio essencialmente agrícola, onde os jovens trabalham em locais
distantes do centro concelhio, quer na labuta das terras, quer em empregos
fabris, tem-se mostrado impossível o recrutamento de pessoal bastante
para pôr em movimento uma ideia que, por enquanto e infortunadamente,
apenas existe na letra e nas boas intenções dum diploma estatutário.
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