Relatório da Comissão Executiva Abril-Junho 2000
1. De Março até Junho, o Conselho Executivo
acompanha as actividades da escola como facilitador das
iniciativas dos diversos colectivos. Neste período, realizam-se
todas as actividades de fecho do ano lectivo em curso e
prepara-se a abertura do ano lectivo 2000/20001.
a) As iniciativas das turmas, em especial todas
as que se referem às visitas de estudo e à área escola,
traduzem-se agora em actividades de execução dos planos feitos.
Foram efectuadas dezenas de visitas de estudo que contaram com o
apoio logístico do Conselho Executivo. Algumas destas visitas de
estudo foram decididas e completamente dirigidas pelos
professores de determinadas disciplinas, em especial dos
departamentos de Língua Portuguesa e de Ciências Experimentais
e, em alguns casos, pelos núcleos de estágio.
Um grande número de projectos da área escola das
turmas, combinados com iniciativas dos grupos, animaram a escola
durante vários dias de Março e de Abril. A animação em volta dos
dias da área-escola ultrapassam as iniciativas das turmas, para
se afirmarem como animação da comunidade escolar a partir da
actividade específica dos diversos departamentos. São exemplos
eloquentes de animação, que deve continuar, a semana da ciência
(com os jogos de ciência, os laboratórios interactivos, etc.),
as exposições artísticas, etc. Realizaram-se várias animações
dirigidas por outros grupos e núcleos de estágio. Merecem
destaque especial as iniciativas de divulgação científica por
parte dos estagiários de ciências e as iniciativas de divulgação
do Latim pelo núcleo de estágio de Português e Latim (pedy
papyrus, por exemplo)
b) Merecem destaque especial as iniciativas dos
grupos de docentes viradas para a animação da comunidade e que
se constituem em afirmação da escola para o exterior.
A participação da escola no Ano Mundial,
Matemática com o seu monumento fractal de papel teve um impacto
especial quer por ter mobilizado a comunidade escolar (alunos e
funcionários e professores) na sua construção e na sessão da sua
inauguração quer pelo impacto produzido para o exterior da
escola como projecto original diferente de todos os outros que
participaram no grande projecto nacional do 'Poliedro na Escola'
dinamizado pela APM – Associação de Professores de Matemática.
c) Ainda durante este período e sempre
acompanhados por professores, estudantes e grupos de estudantes
conquistaram destaque especial. A participação nas Olimpíadas de
Matemática não foi além das eliminatórias secundárias. Convém
atentar nesta participação em que a escola tem grandes tradições
e não está a obter resultados significativos, de há uns anos a
esta parte. Também no campo do desporto escolar, a escola desceu
muito na actividade competitiva inter-escolas, o que levanta
interrogações sérias sobre a actividade da escola nesta área. Há
constrangimentos a nível da organização escolar e a nível da
coordenação distrital que importa acompanhar.
No campo das Olimpíadas de Química, a equipa da
escola ganhou colectivamente e uma das alunas conquistou o
primeiro lugar, o que aconteceu pela primeira vez. Também um
aluno da escola chegou à final das Olimpíadas de Informática
tendo conquistado o 2.º lugar. Um grupo de alunos do 11.º ano
concorreu a um concurso nacional, com um trabalho de projecto
realizado a nível da área escola sobre alimentos transgénicos,
tendo conquistado o 2.º lugar. Os estudantes de artes realizaram
diversas exposições (uma delas na Biblioteca Municipal) que
mostram uma grande originalidade nesta área. Houve também
participações
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significativas para o exterior do Clube de Fotografia.
d) Os concursos literário e de artes plásticas da
escola tiveram mais uma edição com bons resultados interna e
externamente.
2. Na semana em volta de 25 de Maio, realizou-se
uma exposição sobre os eclipses e no dia 25 de Maio houve
animação científica para centenas de alunos do básico e do
secundário com a instalação de um planetário na sala de
audiovisuais. Já em Junho, motivada pela professora de
Português, uma aluna trouxe para o átrio da escola uma exposição
sobre Fernando Pessoa com materiais do Museu da Palhaça. A
animação do átrio central esteve sempre a cargo do Clube de
Fotografia. Mas, por iniciativa de professores, o átrio central
também acolheu exposições de têxteis e bordados e de artes
plásticas. Estas últimas adquiriram uma exuberância especial na
ocupação do corredor do 1.º andar.
3. Com o apoio do Conselho Pedagógico e da
Assembleia, o Conselho Executivo preparou e realizou uma sessão
pública de entrega dos prémios aos alunos e professores que se
destacaram nos concursos literários, científicos, desportivos e
artísticos. Nessa sessão, também foram distinguidos estudantes
(especial destaque para os alunos do ensino recorrente e para os
alunos provenientes dos países de língua oficial portuguesa que
receberam distinção pela primeira vez em realizações da escola).
Finalmente a sessão serviu para distinguir dois alunos (que além
do seu excelente aproveitamento escolar desempenham tarefas de
direcção na escola), dois funcionários não docentes e dois
docentes. A sessão abre perspectivas de actuação para a emulação
positiva de alunos e famílias e do corpo de funcionários da
escola.
4. Convém destacar a acção do sector dos cursos
de ensino recorrente da sede que, neste período, publicaram o
seu primeiro jornal (“Alternativas”) e realizaram diversos
convívios e exposições, uns da iniciativa dos estudantes e/ou
outros da iniciativa dos professores.
5. No campo da formação de professores e
restantes funcionários, a escola manteve a sua ligação ao Centro
de Formação. Os funcionários auxiliares de acção educativa e
administrativos inscrevem-se e participam em acções de formação
do Centro. Os professores têm participado em acções de formação
e o Conselho Pedagógico tem-se feito representar nos órgãos do
Centro que decidem sobre as necessidades de formação.
Internamente, os professores têm-se organizado
para realizar acções de curta duração na escola, em especial,
pela iniciativa dos núcleos de estágio. Para outros
funcionários, a Coordenação dos Directores de Turma e a
Psicóloga Escolar tomaram iniciativas de curta duração.
6. No campo disciplinar, realizaram-se algumas
iniciativas com medidas educativas disciplinares. Os Conselhos
de Turma contaram com a presença dos alunos e pais e fez-se
algum trabalho de análise da situação (particularmente do ensino
básico). Estamos longe de compreender o fenómeno dos
comportamentos dos alunos do ensino básico. Sabe-mos que, para
além da acção sobre os estudantes do ensino básico, é necessário
haver intervenção relativamente aos pais e encarregados de
educação. O Conselho Executivo tomou iniciativas particulares
sobre estudantes (individual e colectivamente para o 8.º ano) na
interrupção de actividades lectivas no Carnaval. O Presidente do
Conselho Executivo respondeu perante algumas turmas sobre
reclamações apresentadas à actuação de professores ou de
comissões de organização da escola.
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A actividade disciplinar sobre professores e
funcionários não merece referência especial, por não haver
medidas ou processos disciplinares. Só se mantém um processo de
abandono do lugar movido contra um funcionário deslocado de
Macau que nunca chegou a tomar posse. Acompanhámos
particularmente a actividade de alguns funcionários docentes e
não docentes, porque foram alvo de críticas dos estudantes,
cometem erros sistemáticos nos registos ou demonstram um baixo
nível de produtividade.
7. No campo da organização, o Conselho Executivo
reuniu com diversos sectores da escola, nomeou as comissões que
tratam das grandes tarefas de encerramento deste ano lectivo e
as tarefas de lançamento do próximo ano. Ambas as intenções têm
estado a trabalhar e a garantir a transição de um ano a outro,
incluindo as actividades de formação consideradas necessárias.
8. Mantém-se a ligação da instituição escolar com
as instituições da comunidade (autárquicas e outras), em
especial todas aquelas que garantem a prestação de serviços de
educação e ensino. Os serviços de educação nos pólos tem
cumprido os objectivos de ensino para que foram criados.
São serviços excepcionais prestados pela escola,
com base em protocolos com Câmara e Juntas, Estabelecimento
Prisional, Comando da Base Aérea e Paróquia, em que a escola age
em representação da Direcção Regional da Educação do Centro.
Inicialmente, para as primeiras experiências ainda se pensou em
integrar na organização escolar normal a prestação desses
serviços. Mas a experiência com os professores do quadro que se
consideravam afectados à sede e levantavam problemas sobre
deslocações ou se imiscuíam nos protocolos que geriam as
iniciativas excepcionais fizeram com que essa actividade se
tenha tomado excepcional a todos os títulos, desde a colocação
de professores até à manutenção dos serviços. Não há qualquer
organização associada a essas iniciativas excepcionais e elas
dependem exclusivamente do Conselho Executivo da escola, do
Centro da Área Educativa e dos parceiros envolvidos.
O essencial desse serviço continuam a ser
exercido por professores contratados para exercer funções
docentes nos pólos. Só extraordinariamente e sob
responsabilidade directa do Conselho Executivo se nomeiam
professores do quadro para esses serviços.
9. No que respeita a orçamentos e contas, de que
se juntam informações em separado, convém salientar que só muito
recentemente se recebeu o orçamento aprovado. Fez-se gestão
corrente.
No que respeita a obras não temos notícias sobre
os assuntos do plano anual de actividades que não dependem da
nossa vontade. Fizeram-se reparações e substituições de portas e
janelas e pouco mais. Não se fizeram aquisições de vulto, a não
ser equipamento de reprografia geral.
Para além dos serviços normais de refeitório e
bufete, os serviços dos Assuntos Sociais de Educação apoiaram
estudantes em visitas de estudo, em que se incluíam muitas
crianças dos jardins de escola e escolas do 1.º ciclo de regiões
deprimidas.
Aveiro, Julho de 2000
O Conselho Executivo
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