1 – A Visão dos Alunos Envolvidos no projecto
No ano lectivo de 98/99, o tema geral da
Área-Escola foi "A Nossa Escola". Dentro deste tópico muitas
ideias surgiram, e até chegarmos ao subtema escolhido, os
objectivos e ideias foram mudando.
Finalmente decidimos que seria um bom projecto
mostrar a crianças dos 3.º e 4.º anos do Ensino Básico, a
importância da "ciência no quotidiano", e, ao mesmo tempo fazer
com que existisse um contacto (ou dialéctica) maior entre eles e
a nossa escola.
Muitos assuntos havia a tratar e pouco tempo para
o fazer, por isso "metemos mãos à obra" e começámos por definir
os objectivos, e planear as actividades que iríamos realizar nas
diferentes disciplinas inseridas envolvidas no projecto.
No entanto, sem a participação dos alunos, o
nosso trabalho não teria sentido; por isso, contactámos por
carta e pessoalmente duas escolas da área abrangência da Escola
Secundária José Estêvão – as Escolas do 1.º Ciclo do Ensino
Básico da Glória e de Santiago.
Foi com agrado que recebemos a confirmação da
participação das escolas no nosso projecto e o entusiasmo que as
mesmas demonstraram.
As disciplinas mais envolvidas foram as de
carácter de formação prática – Técnicas Laboratoriais de Química
e Técnicas Laboratoriais de Física. Começamos logo a planear as
experiências, sempre com o cuidado de não fugir ao contexto que
escolhemos para idealizar as experiências: "O Campo". Tentámos,
pois, retratar nos dois laboratórios o Campo, desde a construção
de uma casa com decoração rústica, ao fabrico de queijo fresco,
à tentativa de explicação do funcionamento de um sistema de
rega, à simulação de um telefone, a experiências com o ar e com
a água, e à participação especial, no laboratório de Física, da
Vaquinha Doroteia.
Solicitámos, ainda, aos alunos que nos viriam
visitar que produzissem desenhos ou textos subordinados ao tema
"O Campo", que, posteriormente, fomos recolher às escolas e
afixámos.
Chegou, então, a altura de montarmos as
experiências e os cenários
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nas respectivas salas. Foi um trabalho bastante engraçado, que
nos deu muito prazer; permitiu-nos dar largas ao nosso espírito
criativo, e pensamos que de certa forma nos ajudou a melhorar as
nossas relações com os professores, com os nossos colegas e até
mesmo com a sociedade.
Foi então que chegaram os grandes dias de
provarmos aquilo que valíamos. Na quarta-feira, dia 24 de Março,
foi um dia bastante atarefado e cansativo; tivemos de prepara as
salas, desenhar os cenários, fazer os últimos preparativos de
decoração, preparar os reagentes e limpar tudo.
No dia seguinte, Quinta-feira, tivemos um pequeno
percalço. S. Pedro resolveu pregar-nos uma partida e os nossos
pupilos não tinham guarda-chuva. Resolvido o problema, já
tínhamos a nossa comissão de boas-vindas pronta a recebê-los e a
encaminhá-los para os laboratórios.
Dividimos a nossa turma em quatro grupos: o do
Laboratório de Física I, o do Laboratório de Química, o das
actividades desportivas e recreativas, e o dos guias.
Entre quinta-feira e sexta-feira recebemos cerca
de 70 meninos e meninas com interesses diferentes. Uns
mostravam-se curiosos e interessados, outros queriam apenas
brincadeira; no entanto, fomos tentando explicar, da melhor
maneira que sabíamos, o que estava a acontecer em cada
experiência. Tentámos também entretê-los com jogos tradicionais
e com visitas a outras exposições que decorriam na nossa escola.
Como não podia deixar de ser, também alimentámos
as nossas crianças com queijo fresco (feito por nós) com
bolachas de água e sal, e com chocolatinhos.
Finalmente chegou sexta-feira à tarde, dia em que
desmontámos tudo (o aparato todo) e fizemos o balanço do nosso
projecto.
Pensamos que esse balanço é bastante positivo; os
alunos gostaram, os professores também, e até algumas pessoas
alheias ao projecto, que nos foram visitar, teceram algumas
críticas positivas ao trabalho.
Do nosso ponto de vista foi a melhor Área-Escola
por nós realizada, foi bastante enriquecedora, divertida,
pedagógica e acima de tudo agradável (simpática).
Os alunos do 11.º C
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