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Das deficiências do trabalho de grupo
Há, de facto, deficiências ao nível do exercício
das competências dos grupos de apoio do Conselho Pedagógico e,
podemos dizer, que tal acontece mesmo ao nível da transmissão
aos professores das deliberações. Os Conselhos de Grupo produzem
pouca reflexão e não há grande trabalho de adequação (ou pelo
menos não há notícia razoável sobre esse trabalho) das
deliberações gerais ou mesmo dos normativos às condições
específicas do exercício da
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docência em cada disciplina. Há sempre notícias de professores
que procedem em conflito com as decisões do Conselho e há sempre
reclamações de pais de alunos que provam que não há informação
suficiente para eles veiculada. Não admira, por isso, que muitos
alunos e pais manifestem incompreensão sobre as decisões dos
Conselhos de turma e as ponham em causa.
Que valor tem o passado e o passivo em tempo de
mudança...
Haverá quem considere que não vale a pena
discutir isto com base em normativos que estão a caducar. De
facto, estão previstas reorganizações dos docentes na escola,
mas essas reorganizações só vêm acrescentar complexidade ao
trabalho dos docentes e todas as deficiências deste sistema de
grupos disciplinares só vão ser ampliadas, caso os professores
continuem sem exercer as suas competências específicas na gestão
e articulação curriculares. Aliás, esta pequena revista de
escola é um espelho da fraca participação dos docentes nas
reflexões sobre a sua prática em que são insubstituíveis.
Contam-se pelos dedos de uma mão as participações ou
contribuições dos grupos de docência para uma revista como esta,
que conta com cerca de 10 anos de publicação.
Arsélio Martins
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