Escola Secundária José Estêvão, n.º 1, Out.-Dez. de 1990

FICHA TÉCNICA


Redacção

(em constituição)

Responsável

Arsélio Martins


Colaboram neste número:


Arsélio Martins, Manuel Ferreira, Nuno Miguel Reis, Duarte Morgado (Actividades Expressivas), Catarina S. Martins, Maria do Carmo Serrano, António Luís Matos dos Santos, Rosa Maria Prata e Eugénia Almeida (pela Secção de Orientação) e Eneida Santos (CDT – recolha de dados das turmas), Maria do Rosário Ruivo (psicóloga Escolar), Carlos Santos (pela Associação de Pais)


Apoio de Aurélio Fernandes e Manuel Arcênsio


 

Original composto em Apple Macintosh Plus

e impresso em Apple Laser Writer IINT por

Arsélio Martins

dos Projectos

Local/Global & Apple Global Education


interlog, informática, s.a.

Dir. Regional de Educação do Centro

DOW Portugal

Câmara Municipal de Aveiro


– Sobre a avaliação do rendimento escolar

A Secção de Orientação, reunida a 7 de Novembro de 1990, e, posteriormente o Plenário de Dezembro do Conselho Pedagógico, entendem dar as seguintes orientações para a uniformização dos processos de apreciação do trabalho e estudo dos alunos e, em especial, para as formas de despacho de informação dos professores:

1. que, para todos os cursos e anos, se pratica avaliação contínua de acordo com a legislação em vigor, tendo em conta os condicionalismos em que se trabalha;

2. que os despachos/informações sobre a avaliação de provas prestadas nunca assumem forma numérica, mas antes dão informações sobre o intervalo em que se encontram as classificações atribuídas, a saber:

2.1. para o ensino secundário (10.º, 11.º e 12.º ano) e para os Cursos Nocturnos – Geral Liceal e Complementar Liceal e 12.º ano – e numa escala de 0 a 200:

 

Mau (ou M)

[0 - 44]

Medíocre (ou m ou med.)

[45 - 94]

Suficiente (ou S ou Suf.)

[95 - 134]

Bom (ou B)

[135 - 174]

Muito Bom (ou MB)

[175 - 200]

 

 2.2. para o terceiro ciclo do ensino básico (7.º, 8.º e 9.º ano) e numa escala de 0 a 100:

 

Reduzido (ou R)

[0 - 49]

Médio (ou M)

[50 - 74]

Elevado (ou E)

[75 - 100]

 

3. que, para o trabalho de tratamento final das classificações pelos professores do ensino básico, se consideram os seguintes intervalos:

 

Nível 1

[0 - 21]

Nível 2

[22 - 49]

Nível 3

[50 - 74]

Nível 4

[75 - 89]

Nível 5

[90 - 100]

 

4. que, para além de não se registar no teste o valor numérico das classificações, estes não são revelados oralmente;

5. que os professores devem aplicar, pelo menos, dois testes em cada período;

6. que os professores não podem realizar o teste seguinte, sem antes ter entregue e corrigido o teste anterior;

7. que o último teste de cada período tem de ser entregue e corrigido sempre antes da aula de auto e hetero-avaliação final;

8. que se deve evitar a sobreposição de testes, sempre que possível;

9. que os testes serão realizados em folhas próprias (timbradas) à venda na papelaria da escola;

9.1. que, quando por algum motivo, o professor utiliza outra folha, esta deve integrar um cabeçalho idêntico ao das folhas oficiais;

10. que, no que respeita a registos de outras observações que têm influência nas classificações finais, se devem ter em conta os seguintes aspectos: assiduidade, participação na aula, realização de trabalhos e comportamento;

11. que relativamente à assiduidade e ao problema das faltas de material se aplica o que está determinado pela secção, desde a sua reunião de 4/10/89, a saber: "... foi analisada a circular 40/89, relativa à assiduidade dos alunos no que concerne às faltas de material (IV,1.3). Considerando a especificidade de cada disciplina e a situação escolar do aluno, deverá cada professor dentro dos limites do bom senso, decidir da necessidade de registar para si e, verificando-se reincidência sistemática (3 vezes) comunicar ao Director de Turma que, de seguida, participará ao Encarregado de Educação, de acordo com o que está legislado.
 

Comentário:

Muitos docentes reclamam destas "normalizações" da "avaliação contínua" que, segundo eles, acaba por arrastar para a sobre valorização dos testes em todo o processo, ou que acaba por ser uma avaliação incidindo essencialmente no "produto" provado da aprendizagem, desprezando todo o processo.

São perigos que se correm. Mas não é assim sem as normalizações? Os professores, os alunos e os pais detêm em conjunto pouca informação e acabam por só ver a informação que têm e compará-la. E se é verdade que a maioria dos professores ainda só leva em conta os resultados dos testes, os alunos e os pais acabam por dar um valor absoluto a informações desse tipo. A "normalização" permitirá que os alunos tenham informações do tipo das que esperam e podem esperar classificações dentro do intervalo em que foi moda caírem os seus testes. Os professores têm um intervalo para trabalhar com as outras informações (que muitas vezes têm dificuldade em transmitir aos alunos e aos pais) e têm sempre, para os casos excepcionais em que as informações de processo têm um peso grande, oportunidade de fazer informação para as "excepções", que são sempre menos que a massa dos alunos.

Outro problema é o das folhas oficiais de prova. Houve pais que se recusaram a aceitar que tinham sido informados porque os despachos dos professores eram feitos em folhas que podiam ser consideradas para todos os usos, menos para usos oficiais e exigiam, por isso, que o Director de Turma detivesse a informação das provas de cada disciplina, o que não é possível nem aceitável.
 

Aliás, Escola Secundária José Estêvão

 

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