FICHA TÉCNICA
Redacção
(em constituição)
Responsável
Arsélio Martins
Colaboram neste número:
Arsélio Martins, Manuel Ferreira, Nuno Miguel Reis,
Duarte Morgado (Actividades Expressivas), Catarina S. Martins, Maria do
Carmo Serrano, António Luís Matos dos Santos, Rosa Maria Prata e Eugénia
Almeida (pela Secção de Orientação) e Eneida Santos (CDT – recolha de
dados das turmas), Maria do Rosário Ruivo (psicóloga Escolar), Carlos
Santos (pela Associação de Pais)
Apoio de Aurélio Fernandes e Manuel Arcênsio
Original composto em Apple Macintosh Plus
e impresso em
Apple Laser Writer IINT por
Arsélio Martins
dos Projectos
Local/Global & Apple Global Education
interlog, informática, s.a.
Dir. Regional de Educação do Centro
DOW Portugal
Câmara Municipal de Aveiro
– Sobre a avaliação do rendimento escolar
A Secção de Orientação, reunida a 7 de Novembro de 1990,
e, posteriormente o Plenário de Dezembro do Conselho Pedagógico,
entendem dar as seguintes orientações para a uniformização dos processos
de apreciação do trabalho e estudo dos alunos e, em especial, para as
formas de despacho de informação dos professores:
1. que, para todos os cursos e anos, se pratica avaliação
contínua de acordo com a legislação em vigor, tendo em conta os
condicionalismos em que se trabalha;
2. que os despachos/informações sobre a avaliação de
provas prestadas nunca assumem forma numérica, mas antes dão informações
sobre o intervalo em que se encontram as classificações atribuídas, a
saber:
2.1. para o ensino secundário (10.º, 11.º e 12.º ano) e
para os Cursos Nocturnos – Geral Liceal e Complementar Liceal e 12.º ano
– e numa escala de 0 a 200:
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Mau (ou M) |
[0 - 44] |
Medíocre (ou m ou med.) |
[45 - 94]
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Suficiente (ou S ou Suf.) |
[95 - 134]
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Bom (ou B) |
[135 - 174]
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Muito Bom (ou MB) |
[175 - 200]
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2.2. para o terceiro ciclo do ensino básico (7.º, 8.º e
9.º ano) e numa escala de 0 a 100:
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Reduzido (ou R) |
[0 - 49] |
Médio (ou M) |
[50 - 74] |
Elevado (ou E) |
[75 - 100] |
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3. que, para o trabalho de tratamento final das
classificações pelos professores do ensino básico, se consideram os
seguintes intervalos:
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Nível 1 |
[0 - 21] |
Nível 2 |
[22 - 49] |
Nível 3 |
[50 - 74] |
Nível 4 |
[75 - 89] |
Nível 5 |
[90 - 100] |
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4. que, para além de não se registar no teste o valor
numérico das classificações, estes não são revelados oralmente;
5. que os professores devem aplicar, pelo menos, dois
testes em cada período;
6. que os professores não podem realizar o teste
seguinte, sem antes ter entregue e corrigido o teste anterior;
7. que o último teste de cada período tem de ser entregue
e corrigido sempre antes da aula de auto e hetero-avaliação final;
8. que se deve evitar a sobreposição de testes, sempre
que possível;
9. que os testes serão realizados em folhas próprias
(timbradas) à venda na papelaria da escola;
9.1. que, quando por algum motivo, o professor utiliza
outra folha, esta deve integrar um cabeçalho idêntico ao das folhas
oficiais;
10. que, no que respeita a registos de outras observações
que têm influência nas classificações finais, se devem ter em conta os
seguintes aspectos: assiduidade, participação na aula, realização de
trabalhos e comportamento;
11. que relativamente à assiduidade e ao problema das
faltas de material se aplica o que está determinado pela secção, desde a
sua reunião de 4/10/89, a saber: "... foi analisada a circular 40/89,
relativa à assiduidade dos alunos no que concerne às faltas de material
(IV,1.3). Considerando a especificidade de cada disciplina e a situação
escolar do aluno, deverá cada professor dentro dos limites do bom senso,
decidir da necessidade de registar para si e, verificando-se
reincidência sistemática (3 vezes) comunicar ao Director de Turma que,
de seguida, participará ao Encarregado de Educação, de acordo com o que
está legislado.
Comentário:
Muitos docentes reclamam destas "normalizações" da
"avaliação contínua" que, segundo eles, acaba por arrastar para a sobre
valorização dos testes em todo o processo, ou que acaba por ser uma
avaliação incidindo essencialmente no "produto" provado da aprendizagem,
desprezando todo o processo.
São perigos que se correm. Mas não é assim sem as
normalizações? Os professores, os alunos e os pais detêm em conjunto
pouca informação e acabam por só ver a informação que têm e compará-la.
E se é verdade que a maioria dos professores ainda só leva em conta os
resultados dos testes, os alunos e os pais acabam por dar um valor
absoluto a informações desse tipo. A "normalização" permitirá que os
alunos tenham informações do tipo das que esperam e podem esperar
classificações dentro do intervalo em que foi moda caírem os seus
testes. Os professores têm um intervalo para trabalhar com as outras
informações (que muitas vezes têm dificuldade em transmitir aos alunos e
aos pais) e têm sempre, para os casos excepcionais em que as informações
de processo têm um peso grande, oportunidade de fazer informação para as
"excepções", que são sempre menos que a massa dos alunos.
Outro problema é o das folhas oficiais de prova. Houve
pais que se recusaram a aceitar que tinham sido informados porque os
despachos dos professores eram feitos em folhas que podiam ser
consideradas para todos os usos, menos para usos oficiais e exigiam, por
isso, que o Director de Turma detivesse a informação das provas de cada
disciplina, o que não é possível nem aceitável.
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