CIRCULAR NO ESPAÇO: PERIGO CADA VEZ MAIOR
Desde o lançamento do primeiro Sputnik pelos soviéticos até aos
nossos dias, o espaço à volta da Terra encontra-se cada vez
mais poluído com os restos mortais de tudo quanto para lá foi
enviado pelos habitantes do planeta. A quantidade de destroços
é já tão elevada que, actualmente, as missões
espaciais correm o risco de se verem bombardeadas por pequenos e
grandes fragmentos que, à velocidade a que circulam, provocam
um verdadeiro desastre no momento do impacto.
Mas vejamos alguns casos concretos do perigo da circulação no
espaço.
Em 16 de Setembro de 1991, o vaivém espacial americano Discovery
quase foi abalroado por um pedaço de ferro velho do tamanho de
um camião, proveniente de um andar do foguete soviético Cosmos
955, lançado 13 anos antes.
Num dos últimos voos espaciais da NASA, a bordo do vaivém
Atlantis, em 29 de Novembro de 1991, a equipagem teve de
efectuar uma correcção de emergência da rota para evitar os
restos de um foguete soviético.
Não são os grandes objectos da sucata espacial que constituem
perigo para a navegação. Fragmentos pulverizados de satélites,
resultantes de explosões, são verdadeiras balas microscópicas
assassinas. Ainda que tratando-se de microcolisões, impossíveis
de detectar e de evitar, a hipervelocidade a que se deslocam faz
com que perfurem facilmente a fuselagem de qualquer veículo
espacial que encontrem na sua trajectória, constituindo um
perigo cada vez maior.
Para fazer face ao perigo crescente das viagens na periferia de
Terra, a NASA começa já a pensar seriamente no envio de carros
do lixo espaciais, para limpeza ou pulverização de todos os
restos de satélites e veículos espaciais já fora de uso.
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