XII Antologia do Círculo Nacional d'Arte e Poesia, Portalegre, 2012, pág. 75.

 

JUVENAL CORREIA

12/8/1936 - LISBOA

 

HINO À VIDA

 

Gargalhadas secas
Para lá das paredes rústicas
Mesas de pinho
Onde a toalha branca alveja
Cadeiras sujas
Que almofadas
De linho
Onde a mosca dardeja
Querem tornar típicas.


Nas paredes, barros
Pratos e travessas
Sinfonia policroma
Austera
Encadernação humilde
Dum povo que espera
E reza
A aguardar...
O quê?
Nem ele sabe
Mas espera.


Lá fora
O campo
Cheio de flores
Multicores
De roupa branca
Ao sol a corar
Hino vibrante
Cantante
Dum povo
Que reza
E espera
A chorar!!!

 

 

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16-07-2013