XI Antologia do Círculo Nacional d'Arte e Poesia, Portalegre, 2011, 136 págs., ISBN 978-972-96913-8-6

Prefácio

Após convite recebido, reflecti um pouco e, de acordo com os ditado: - "Quem faz um cesto, faz cem" ou "Quem dá o que tem a mais não é obrigado", aceitei, embora ainda com algum receio, próprio de quem tem a noção das responsabilidades.

 

Li, algures, "que a vida do poeta tem um ritmo diferente, sendo a sua alma, apenas uma parcela do infinito distante, sofrendo pavorosamente a dor de ser privilegiada".


O poeta está comprometido, como um missionário, com o "Infinito que ninguém sonda e ninguém compreende"; "eterno errante dos caminhos, que vai pisando a terra e olhando os céus".


Ora bem! Não é qualquer um que assim escreve ou fala e, sinceramente, (na minha opinião, claro...) não posso estar mais de acordo.


Espero que os autores em presença, poetas que muito considero, concordem, não achando que não devia ter feito este pequeno intróito.


Espero e desejo que esta Antologia constitua mais um êxito a bem da divulgação da obra dos poetas que a integram e, simultaneamente, da própria POESIA.


Modos de escrita diferente, inspirações as mais variadas, diversas maneiras de encarar a vida e o mundo, de acordo com a óptica de cada um, que, naturalmente, enriquecerão esta Antologia que, tal como as anteriores, alcançará um novo êxito no panorama da literatura portuguesa.


Que após a sua leitura, possam os que a ela tiverem o privilégio de ter acesso sentir-se compensados e motivados para novas leituras.


Segundo Eduardo Lourenço, "compreender a POESIA é olhá-la sem tentação de nada lhe perguntar. É aceitar o núcleo do silêncio de onde todas as formas se destacam. A obra vale pela densidade do silêncio que impõe. Por isso os poetas que imaginam dizer tudo, são tão vãos como as estátuas gesticulantes".


Aos autores, o meu abraço pela coragem e persistência revelada nesta paixão comum que os anima, independentemente de óbvias diferenças no estilo que, afinal, "apenas" trazem à presente publicação, um maior sortilégio.


Ao CÍRCULO NACIONAL D'ARTE E POESIA, na pessoa da sua presidente – Maria Olívia Diniz Sampaio – sinceros parabéns.


José Ribeiro Branquinho

 

 

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01-02-2020