O quadro tradicional (quadro negro), apesar de ser
tecnologicamente o mais simples, é o recurso com maior
frequência de utilização por todos os docentes (95,1%).
VANTAGENS:
-
Presença obrigatória em todas as salas de aula
-
Disponibilidade permanente
INCONVENIENTES:
-
Poeira provocada pelo material de escrita
- Obriga a
voltar as costas aos receptores
Acerca dos quadros
tradicionais,
permitimo-nos dizer (chamando a atenção do leitor para este
facto) que estes, apesar da sua extrema simplicidade, têm
regras que nem todos conhecem e que são fundamentais para
uma utilização eficiente. Essas regras dizem respeito não
só à maneira como se deve segurar no material de escrita -
no caso do giz este tem uma maneira própria de ser utilizado,
bastante diferente da de um lápis, de uma caneta ou até
mesmo da caneta de feltro usada com o quadro branco -, mas
também às atitudes do professor relativamente ao aproveitamento e
exploração do quadro. Consulte-se, a este
respeito, a Didáctica Mínima
de Rafael Grisi(1),
na parte referente ao uso do quadro preto.
É com base na obra citada que passamos a transcrever algumas das
REGRAS FUNDAMENTAIS de utilização,, que todos os professores
devem conhecer:
-
O máximo aproveitamento depende exclusivamente da habilidade do
professor, sentido de oportunidade, técnicas de trabalho,
habilidade, etc.
-
O giz deverá ser de boa qualidade e não susceptível de
provocar situações de alergia.
-
O que NUNCA SE DEVERÁ FAZER:
-
partir o giz antes de começar a usá-lo;
- prescindir sistematicamente da sua utilização
- voltar demoradamente as costas aos receptores;
- usar frequentemente o apagador;
- escrever com má letra;
- colocar-se ao lado do aluno quando este vai ao quadro;
- deixar de fazer esquemas, gráficos e desenhos quando
necessário;
- deixar o quadro sujo quando o material registado já não é
necessário;
- deixar o quadro sujo quando se abandona a sala de aula
O que se DEVERÁ FAZER:
- recorrer ao quadro como alternativa aos
outros meios:
- ditar em voz alta e clara ao mesmo tempo que se efectuam os
registos;
- utilizar uma letra legível e visível à distância;
- utilizar o quadro de maneira ordenada e racional;
- manter sempre o quadro disponível para as utilizações
seguintes;
- deixar sempre o quadro limpo no final da aula;
- controlar os registos efectuados no quadro pelos utilizadores.
In:
Henrique J. C. de Oliveira, Meios audiovisuais e
tecnológicos aplicados ao ensino, Aveiro, 1992, pp. 28-30.
(edição limitada do autor).
Consulte-se ainda o texto relacionado com a história do QUADRO
TRADICIONAL.
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