Conclusões de uma análise

Só para terminar — e os pais que me desculpem se isto for para vós um frete —, vou rapidamente dar-lhes a conhecer as minhas conclusões da análise que fiz ao quadro relativo aos meus soldados. Este quadro permite-me ser mais rigoroso nas minhas informações e completar aquilo que vos disse na série de aerogramas anteriores.

A grande maioria dos soldados que se encontram comigo no Alto Zaza tem a quarta classe; apenas três não passaram da segunda e oito da terceira, independentemente do território (angolano ou metropolitano) a que pertencem. Mas as maiores habilitações entre os soldados diz respeito aos angolanos. Um tem a quinta classe e três a frequência do primeiro ciclo dos liceus, o que explica o facto de me terem abordado no sentido de lhes dar explicações. À excepção de seis elementos, todo o meu pessoal é ainda solteiro e com idades entre os vinte e um e vinte e dois anos, estando a frequência mais elevada nos vinte e um. O único velhote no destacamento sou eu, que já vou a caminho dos vinte e sete.

E mais não digo. Vou fazer-vos a vontade e deixar-me de análises acerca do pessoal à minha responsabilidade. Com todas estas reflexões, estou a desviar-me do tópico inicial, que era o de vos dar a conhecer se a memória me não atraiçoa a região envolvente.

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