Comemorando o 10.º ano de vida
desta revista, cá estamos, uma vez mais, a trazer a
público mais um conjunto de artigos inéditos, tendo
em conta a necessária valorização do Património
Natural e Cultural da Região de Aveiro.
Há semelhança do número anterior, tivemos o grato
prazer de contar com um conjunto de investigadores
que connosco quiseram partilhar os resultados dos
seus trabalhos, incluindo também alguns artigos
provenientes de comunicações apresentadas nas
"Jornadas de História Local – Património Documental
Aveiro 2011", que decorreram na Biblioteca
Municipal de Aveiro no dia 25 de Novembro de 2011.
Essas comunicações, que inicialmente eram para ser
editadas pela autarquia aveirense em volume próprio
de Actas, são agora publicadas nesta nossa revista,
ainda que com algum tempo de atraso, para que não se
percam irremediavelmente. A esses autores, alguns
dos quais colaboradores habituais da Patrimónios,
aqui expressamos publicamente o nosso agradecimento.
Com estes contributos, foi possível trazer agora a
público o nono número da "Patrimónios". A ADERAV
conseguiu, uma vez mais, organizar esta publicação
através de um equilibrado, interessante e
diversificado conjunto de artigos que versam
temáticas relacionadas com o Património Natural e
Cultural da Região de Aveiro, nomeadamente nas áreas
de: arquivística, arte sacra, biografia,
correspondência, pintura, património florístico,
património e arqueologia industrial, religião, entre
outras.
Assim, esperamos ter cumprido, uma vez mais, os
objectivos traçados a quando do lançamento deste
projecto há dez anos atrás. Não fora um período de
menor actividade da Associação, em que a
periodicidade da Patrimónios foi quebrada, e
estaríamos já a apresentar o décimo número. Também de
forma a não quebrar, uma vez mais, a referida
periodicidade, este número sairá com data de
Dezembro de 2011, sendo a sua edição do primeiro
trimestre de 2012.
Se nos primeiros anos de vida da
"Patrimónios",
chegámos a pensar que o Património estaria cada vez
mais a salvo, tendo em conta a gradual
sensibilização das populações para a necessidade da
sua salvaguarda, uma década depois, parece estarmos
a assistir a um retrocesso, tal é o número de
situações quase impensáveis há alguns anos, em que o
Património "clama" pela nossa intervenção.
O Património edificado parece estar a ser o alvo
principal dessa "onda de interesses". A demolição
de construções que há muito estão referenciadas como
de interesse público, por um lado, e a construção de
infra-estruturas que descaracterizam a paisagem, por
outro, fazem-nos ter uma noção clara de que a razão
de ser de uma Associação de Defesa do Património é
cada vez mais premente. Por tudo isso, cá estamos
uma vez mais.
Delfim Bismarck Ferreira |