Capela de Nossa Senhora das Febres:a festa dos marnotos à cura da rapeira

Prof. M. J. Carvalho - 10º A

«Ao dar da meia-noite, na véspera de S. João, muitas pessoas, de todas as idades e de ambos os sexos, iam rebolar-se no declive da pequenina eminência onde assenta, junto do típico canal de S. Roque, a capela da Senhora das Febres.

Em trajos menores, estendiam-se ao comprido com a soleira da porta do modesto templo beira-marense e, depois de proferirem, três vezes, "Em louvor de S. João, pra me tirar a rapeira, sim ou não", desatavam a rebolar até ao largo fronteiro. Protestavam ficar curados e mesmo preservados da "rapeira" e de todas as doenças da pele... A assistir, discretamente, que é como quem diz, "à descoroçoa", não faltavam mirones. Tal usança perdurou até fins da primeira metade do século em curso [séc. XX] – mais coisa menos coisa...».n

João Sarabando

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