Uma alegria muito grande percorreu-lhe todo o corpo como um arrepio,
como se naquele encontro de acaso a vida inteira recomeçasse.
Tocou-lhe com o bico e sentiu a
concha muito leve, ausente. Baixou-se um pouco mais e encostou o
ouvido... O vento fustigava a areia e o mar quebrava na praia grande as
suas vagas violentas, desfazendo-se nos rochedos em camarinhas de
espuma.
Mesmo sob o temporal o mar era belo e
tinha o tamanho que tinha o tamanho da sua alma.
Talvez ele já lá esteja! – Pensou
enquanto encostava mais a cabeça para ouvir o mar quebrar as suas ondas
na areia da praia e o vento que gemia entre os rochedos.
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