Agostinho Fortes, Nótulas acerca dum
falar da margem esquerda do Guadiana, acompanhadas de algumas notícias
folclóricas, Cadernos CA, N.º 4, 1ª ed., Lisboa, Casa do Alentejo,
2000, 80 pp. |
O Catedrático Agostinho José Fortes
nasceu em Mourão, a 26 de Outubro de 1869 e morreu em Lisboa, no dia
10 de Março de 1940.
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Formado em letras e muito versado em
literatura grega, concorre em 1904 à cadeira de História Antiga,
Medieval e Moderna, ficando aprovado.
Em 1911 substitui Consiglieri
Pedroso, por falecimento deste, na regência da cadeira de História
Geral, tendo passado para a Faculdade de Letras com a extinção na
altura do Curso Superior de Letras, que secretariou durante muitos
anos. Viveu sempre e exclusivamente da sua actividade, tendo
leccionado em inúmeras escolas e fundado a escola Estefânia, em
Arroios, de que foi director e proprietário, bem como a Escola
Agrícola da Paiã. |
Segundo a informação da época, foi
Republicano convicto de princípios socialistas, defendeu filosoficamente
o positivismo dentro da modalidade de Littré, adaptando as teorias de
Haeckel e Spencer.
Foi vereador do Município na primeira
vereação Republicana e Presidente da Junta Geral do Distrito de Lisboa.
Foi deputado em várias legislaturas e
depois senador.
Jornalista e escritor, colaborou na
História da Literatura Portuguesa e na História do Regime Republicano.
Escreveu várias obras, entre as quais "O Homem antes da Civilização","As
Sociedades – o homem como factor social", "Portugal Novo","Histórias das
Nações Europeias","Nótulas acerca dum falar da margem esquerda do
Guadiana","Os últimos 100 anos" e "Alexandre Herculano". Escreveu também
em variadíssimos jornais e revistas.
Quando morreu, tinha em preparação uma
edição escolar, anotada, de “Os Lusíadas” e uma história de Portugal.
Profundamente ligado ao Alentejo e
apaixonado pelo associativismo regionalista, foi fundador e destacado
dirigente da Liga Alentejana e do Grémio Alentejano/Casa do Alentejo.
(a) Revista Alentejana |