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O PROCESSO DE CRIAÇÃO
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DA FÁB
RICA DOS LEÕES, EM ÉVORA

Ofélia Sequeira

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A criação da Fábrica dos Leões, ocorreu em 1916, promovida pela Sociedade Alentejana de Moagem Limitada e, segundo os seus promotores, deveria trazer o progresso e desenvolvimento para a cidade de Évora.

O edifício onde foi instalada a fábrica de moagem foi construído de raiz, constituindo, por este facto e também pela sua enorme dimensão, um elemento marcante do perfil industrial da cidade de então.

Como principais promotores desta empresa surgiram três nomes importantes do panorama económico alentejano, que muito fizeram para que a cidade e o Alentejo se desenvolvessem. Os promotores foram José Miguel d´Almeida, António Joaquim Caeiro e Manuel Dias Rodrigues Descalço.

 

Esta sociedade preconizou desde o início instalar na fábrica maquinismos modernos, que tivessem a capacidade de produzir bastante para satisfazer as necessidades da região, tais como a produção de farinha, massas e bolachas.

A fábrica de moagem ficou localizada próxima da estação ferroviária dos Leões. Segundo fontes consultadas, a estação dos Leões viria a ser construída posteriormente à fábrica de moagem, facilitando assim o transporte das matérias-primas.

A partir da escritura, os eborenses tomaram conhecimento de que o principal objectivo dos promotores seria o exercício da indústria de moagem e a exploração de todos os negócios que lhe fossem correlativos.

A gerência da Sociedade ficaria a cargo de José Miguel d´Almeida e de António Joaquim Caeiro, os quais teriam também o poder de adquirir ou comprar através do nome da Sociedade, tal como o de dirigir as várias explorações e o de nomear ou de demitir trabalhadores.

No entanto, caso a Sociedade passasse por problemas difíceis de resolver, os gerentes deviam ouvir os conselhos do sócio Manuel Dias Rodrigues Descalço, que tinha o direito total de fiscalização quer da fábrica, quer dos negócios sociais.

Criada por iniciativa de grandes proprietários e lavradores da região de Évora, em Agosto de 1920, esta sociedade passou para as mãos dos industriais moageiros Eugénio Alvarez e de Manuel Rivera Alvarez, elevando o capital social para 800 contos.

O industrial Vítor Júlio Caeiro e o comerciante Carlos Costa e Silva, que, entretanto, entraram para a Sociedade, foram nomeados seus procuradores em Évora. Até à década de 1950, esta fábrica sofreu várias alterações de capital social e, nos anos 80, acabou por desaparecer.

 

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