Acesso à hierarquia superior.

Revista Alentejana (2ª série) in memoriam. Um texto para memória, o Estatuto Editorial e 26 editoriais. Lisboa, 2011, 36 páginas.


Um estranho povo...

N.º 21 – Dezembro de 2001

Neste último mês do ano, muito se disse e escreveu sobre as eleições autárquicas. Antes do dia 16 foram as promessas de melhoria das condições de vida da populações e simultaneamente o apontar dos erros do adversário político e, sobretudo, da gestão anterior. Posteriormente foram as surpresas, os comentários dos analistas, e as posições (algumas engraçadas) dos líderes partidários.

Em todas estas situações/posições, a gente da política procura/julga descobrir os interesses do Povo (uns seriamente outros não tanto), nas nada parece dar certo nem para uns nem para outros, nem antes nem depois. Lá de cima o soberano Povo, com o seu voto, dita a lei: ora premeia ora castiga, seguindo não se sabe que misterioso critério, acabando sempre esse poder por se transformar em “auto-flagelação”.

Quanto a nós, mais uma vez, como tantos outros, procuramos entender estas perversões da democracia, mas recordando sem querer aquela frase sobre a qual nunca é demais meditar: “Nesta parte do mundo encontramos um estranho Povo que nem se governa nem se deixa governar”...

 

 
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