Pela porta entreaberta
de mais uma manhã cinzenta,
entram os raios
de um sol que deixou de brilhar.
Os olhos da incerteza
fitam as vagas,
à procura de uma razão
que desconhecem.
Há mar e há barcos.
Há redes e há peixe.
Há homens e há fome,
mas falta a vontade de quem manda.
O barco parado não faz maré.
As redes em terra não trazem pão!
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